Monday, March 13, 2006

Para segunda-feira, dia 13

Vodafone

Aconteceu-me: as pessoas ligam mas o meu telefone nem mexe. Perante queixas, claro, fiz o inevitável: liguei 16 912 / apoio a clientes. Foi-me explicado: uma desprogramação. Nunca, em 16 anos, tal me acontecera, que eu soubesse ou desse conta. Meia hora depois estava resolvida a coisa.
Se lhe acontecer, procure saber no seu apoio a clientes o que se passa, antes que haja mais prejuízos.
(Para conhecer esse número da sua rede, provavelmente deve contactar o 1896 – TMN ou o 1893 – Optimus. Fica aí esta informação útil…)
E já agora: quem nos indemniza, a nós e às pessoas que nos contactam, pelo desgaste do silêncio, sobretudo se os momentos forem quentes. E tantas vezes são!

«Eu é que sou o presidente da junta»

Uma foto e seis vezes o nome do presidente numa página de um destes documentos, é obra. Só na ficha técnica, três vexes o mesmo nome!!!
É caso para dizer mesmo: «Eu é que sou o presidente!»
(Isto incomoda-me, sobretudo se vindo da minha área política. E ninguém estranhará então que proteste de cada vez que as fotos e o nome de Sá Fernandes faz páginas e páginas de um certo diário «de referência». Já imaginaram o dr. Sá Fernandes a puxar dos galões: «Eu é que sou o presidente da junta»??)…

PS de Lisboa

Em entrevista ao meu amigo Carlos Ferreira Madeira, do «Independente», Miguel Coelho, actual / ainda líder da Concelhia de Lisboa do PS, abre uma parte do jogo, no que se refere à designação de Carrilho como candidato do PS para as autárquicas de Outubro passado.

Carrilho
Com bastante indelicadeza, deixa claras algumas coisas: não era Carrilho que «a Concelhia» queria (leia-se: Miguel Coelho e Dias Baptista não o queriam).
Com bastante má educação, ao ser-lhe referida a votação repetidamente dividida dos vereadores do PS na CML, Coelho é abrupto: há na lista pessoas indicadas por carrilho, pessoas indicadas pela Concelhia e «Isabel Seabra nem sequer é do PS».
Vou dizer claramente: Isabel Seabra é minha amiga. Mas não é por isso que esta resposta de Miguel Coelho me indigna. É que Isabel Seabra tem mais valor de olhos fechados do que os Coelhos todos juntos. E mais: há pessoas no PS sempre a encherem tanto a boca com a pluralidade das suas listas, com a guarida aos independentes, com as quotas de mulheres… Razões mais do que suficientes para estarem de bico caladinho.
Sobre Carrilho, chega a dizer que ele lhe foi imposto pela direcção nacional do PS, e que ele não corresponde ao perfil que definiu para o cabeça-de-lista.
O mandato mal começou. E o menos que se pode dizer é que é o próprio presidente da Concelhia que vem atear os fogos e acender as fogueiras, armadilhando a oposição na CML. Ou seja: facilitando a vida mais uma vez ao PSD. Já não é a primeira, como se sabe. Tanto no mandato passado como neste.
Uma vergonha, esta entrevista.

Bragaparques
Mas Coelho não explica por que razão, de facto, o PS (e o Bloco, já agora) viabilizaram o negócio da Bragaparques. Mete os pés pelas mãos, mas nada esclarece. A coisa ficou ainda mais nublada. Mas há quem saiba o que se passou. Há, sim, senhores. Há quem saiba e um dia ainda o dirá. Sintomática é esta frase a este propósito: «Neste processo votámos da mesma maneira (nós, PS, e o Bloco). Estamos portanto de consciência tranquila». Que diabo de consciência é esta do PS de Lisboa que fica tranquila quando pode dizer que votou da mesma maneira que o Bloco? O que se passa? Há aqui um escorreganço subliminar ou não? Eu acho que há.
Quando saberemos de facto o que se passou? Só quando Miguel Coelho for derrotado na Concelhia?

Leonor Coutinho
Mas o mais grave de toda a entrevista é o que Miguel Coelho consegue publicar sobre a sua camarada de partido Leonor Coutinho, ela também na corrida à Concelhia. Dela diz que não conhece Lisboa. Que não sabe onde são as sedes do PS. Que ninguém ouve falar dela no PS em Lisboa.
Arrogante: «A concelhia de Lisboa não se hipoteca à direcção nacional». Leonor C. é da direcção nacional.
Acintoso: «Comigo não há enfeudamentos». Com Leonor C. há enfeudamentos, claro. Basta ler o sentido inverso da acusação…
Diz isto tudo dela e depois conclui que tem «muito respeito por Leonor Coutinho». Olha se não tivesse! Como tratará ele as pessoas por quem não tem respeito?
E diz sem vergonha que sempre quis o diálogo interno. Está a escamotear um facto recente que por acaso é do conhecimento público: perante uma proposta feita na Concelhia de que fossem levadas à prática acções de debate aberto a militantes, a mesma foi liminarmente rejeitada. E há apenas dois mesitos que isso aconteceu. E a autora da proposta até é uma ministra de Portugal…

Coligação de esquerda
Finalmente: Miguel Coelho não tocou (porque não quis) num assunto que, esse sim, tem de ser esclarecido: a rejeição de uma coligação à esquerda para a CML.
Quando é que alguém responsável do PS nos esclarece?
Só depois da derrota da actual Concelhia de Lisboa?
E isso será quando?

O Audi e as cerejas

As conversas e as ideias são como as cerejas. Eis algumas: Santana Lopes, elogios, charme na posse do PR, um Audi topo de gama, os leilões e as hastas públicas.
De facto, a semana da tomada de posse do PR foi uma semana outra vez diversificada para Santana Lopes, que dizem moribundo (moribundo politico, quer dizer. Estará? Com o Congresso do PSD à porta e tal?). Tudo começou no sábado, dia 4 de Março, com um verdadeiro panegírico ‘expresso’ num semanário de referência. Assinadas por Clara Ferreira Alves, as atoardas foram tantas que escandalizaram meio mundo (eu incluído, como deixei claro no ‘blog’ «lisboalisboa» da blogspot.com). Um dos que mais lhe arrearam foi Vasco Pulido Valente, a quem ela agora quer processar por isso. Mas, minha senhora, nunca ouviu dizer que «quem anda à chuva molha-se»? A verdade é que durante três anos e tal a senhora esteve a chupar do orçamento da Câmara de Lisboa à pala de Santana Lopes. E aparecer numa altura destas a dar tão rasgados elogios ao seu patrono, quer que a gente pense o quê?
Em segundo lugar, o leilão do carro de Santana Lopes. Melhor, do célebre carro que Santana Lopes comprou com dinheiro da CML. E comprou-o por duas razões conhecidas: para se dar ares de importância (não dele: do cargo, evidentemente, claro); e para viajar seguro. E viajar mesmo muito. 66 mil quilómetros em poucos meses. Sim, porque este Audi A8, como muita gente sabe e foi devidamente assinalado na imprensa da altura, é talvez o sexto carro de alta gama (melhor: de topo de gama) que Santana Lopes comprou com dinheiro da CML. Lembro-me, de repente, de dois ou três Peugeot, pelo menos um Lancia e vários BMW. Era gastar à fartazana. Por estas e por muitas outras é que não sobrava dinheiro para pagar aos fornecedores, aos empresários que prestavam serviços de todo o tipo à CML, alguns dos quais ainda estão a chuchar no dedo hoje… E estarão, tenho a certeza.

Leilão e hasta pública
Pois Santana foi notícia esta semana que passou também por causa do A8 (não foi só por se ter pendurado no grupo próximo de Letizia Ortiz, Princesa das Astúrias, na tomada de posse do novo PR). É que Santana Lopes veio dizer a Carmona Rodrigues (melhor: a nós, pois enviou a carta para os jornais, numa acto de propaganda típico da sua maneira de estar na vida), veio dizer que vai pedir dinheiro ao banco para comprar o carro. Carro que, diz ele, «tanto incomoda» Carmona Rodrigues – que ele Santana levou para a CML pelo caminho das pedras… e que agora lhe paga assim: apoia Marques Mendes no Congresso da ruptura e acolhe-se ao seu seio. E ainda lhe esfrega a porcaria do Audi nos jornais todas as semanas porque ninguém lhe pega nos leilões. Pois «vou pedir um empréstimo, compro o carro e acaba-se o seu incómodo». Santana, que nunca atestou o depósito deste Audi, terá depois de pedir outro empréstimo para atestar de cada vez que vier de Cascais a Lisboa ou sempre que for almoçar a Cascais ou sempre que vier lanchar à Vela Latina. Isso é garantido, que aquilo é um sorvedouro de gasolina 98.
Finalmente: as hastas públicas. Santana já está agarrado em Lisboa a uma hasta pública que levanta um coro de vozes contra: aquela que entregou boa parte dos terrenos da Feira Popular à famigerada Bragaparques.
Agora, eis que é notícia esta semana outra hasta pública. Também duvidosa. Também sob a mira do Ministério Público. Esta, ainda em 2001, na Figueira da Foz. Sob a presidência de quem? De Santana, pois claro.
O homem não tem sorte, mesmo.
Maldita semana!

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