Thursday, May 31, 2007

«Sondagem
2007-05-31 00:05
Costa só ganha maioria em Lisboa com apoio de Roseta
Candidato do PS elege 7 vereadores. Negrão, Roseta e Carmona 3. Bloco e CDS estão em risco.

Rita Tavares
Diário Económico

António Costa conquista Lisboa mas sem a maioria absoluta que colocou como fasquia, ficando obrigado a entendimentos pós-eleitorais. A frase poderá ser reutilizada, na edição do dia seguinte às eleições para a Câmara de Lisboa, de acordo com a sondagem realizada pela Data Crítica para o Diário Económico. O estudo mostra ainda que tanto o BE como o CDS podem não conseguir eleger qualquer vereador e indica uma forte disputa pelo segundo lugar: Fernando Negrão, Helena Roseta e Carmona Rodrigues estão empatados em mandatos.

A ex-militante socialista, candidata independente à CML, poderá ser a principal ‘culpada’ por esta luta mais cerrada e pela não eleição de vereadores do BE ou do CDS, com a sondagem a revelar que é Helena Roseta quem mais votos rouba às forças políticas e independentes adversários. O voto em Roseta tem, por outro lado, um grau de fidelidade elevado: 63,9% dos inquiridos garantem que votarão “de certeza” nesta candidata.

Mas neste quadro a fidelidade do eleitorado comunista não tem par e é Ruben de Carvalho que lidera as “certezas” de voto dos inquiridos (80%), logo seguido de António Costa (69,4%).

A garantia do voto em António Costa surge contra a corrente: o avanço de uma candidata da mesma área política do candidato socialista é apontado como provocador de dispersão do eleitorado que habitualmente vota no Partido Socialista. Roseta vai, em vez de isso, ‘roubar’ votos aos extremos: CDS e BE.

Uma das capacidades em análise nesta sondagem foi a de gestão e depois de um ano e meio de crise quase constante na autarquia, os inquiridos castigam, de alguma maneira, Carmona Rodrigues. O ex-presidente da Câmara de Lisboa consegue apenas o crédito de 17,1% dos inquiridos sobre a sua capacidade de gestão, a contrastar com os mais de 40% que apostam em António Costa.

Este fraco desempenho de Carmona Rodrigues neste ponto acaba por ser reforçado pelas respostas a outra pergunta: “A constituição de Carmona como arguido melhorou/piorou a sua confiança política?”. No entender de quase 60% dos inquiridos, “piorou”.

Na avaliação da capacidade de gestão, entre António Costa e Carmona Rodrigues aparece, mais uma vez, Helena Roseta, cuja aptidão para gerir a capital é reconhecida por 19,3% dos consultados. Neste capítulo, o candidato do CDS/PP, Telmo Correia, aparece em último lugar, no conjunto dos sete principais candidatos, com 1,5% dos inquiridos a confiarem na sua capacidade de gestão.


Roseta “rouba” votos ao CDS e PCP
A grande maioria dos inquiridos que agora atribuem o seu voto a Helena Roseta, votaram no PCP (42,1%) ou no CDS (44,4%) nas autárquicas de 2005. A ex-militante do PS recolhe ainda 15,2% dos eleitores que escolheram Manuel Maria Carrilho, o candidato socialista por Lisboa nas últimas autárquicas. Mas a grande maioria dos que votaram, então, em Carrilho votam agora em António Costa (76,8%) e o candidato ainda lucra com a quebra de popularidade de Carmona – a quem ‘rouba’ 17% dos votantes de 2005. Nesta disputa de votos, Fernando Negrão consegue ir buscar 35,3% dos votantes em Carmona e 22% a Maria José Nogueira Pinto. Já Telmo Correia apenas consegue manter 11,1% da votação no CDS nas últimas eleições. A única mulher em prova, Roseta, contará ainda com um eleitorado sobretudo feminino, com 69,9% das suas intenções de voto a serem de mulheres e 30,1% de homens. Ruben de Carvalho e Sá Fernandes são, por oposição, os candidatos com intenção de voto mais masculina - 65% e 63,2%, respectivamente.


Prioridades

- Trânsito (inclui acessibilidades)

- Urbanismo (licenciamento)

- Sujidade/poluição

- Segurança

- Corrupção

- Desequilíbrio financeiro

- Estacionamento

- Pobreza, arrumadores e mendigagem

- Transportes públicos

- Falta de emprego e perspectivas económicas

- Organização interna

- Estacionamento


Problemas

- Trânsito (inclui acessibilidades)

- Sujidade/poluição

- Urbanismo

- Segurança

- Estacionamento

- Transportes públicos

- Corrupção

- Espaços verdes (inexistência)

- Pobreza, arrumadores e mendigagem

- Desequilíbrio financeiro»



Wednesday, May 30, 2007

Manuel Salgado

«D e c l a r a ç ã o

Dia: 30.5.2007
Hora: 11.40 AM

1. Formei-me em 1968, e dediquei os últimos 40 anos à prática da Arquitectura.
Primeiro no atelier do Prof. Frederico George e a partir de 1972 num gabinete de projectos, a CIPRO, uma sociedade que em1975 foi integrada no universo do Instituto de Participações do Estado.
A empresa dedicava-se à elaboração de projectos e planos de urbanização para câmaras municipais e instituições públicas e à prestação de assessoria técnica aos governos de Angola e de Cabo Verde.
Durante os anos que integrei os quadros da CIPRO fui projectista, director técnico e administrador, ganhando experiência nos domínios da gestão e na direcção de uma grande equipa de projectos.

2. Em 1984, a convite do Daciano Costa, adquiri uma posição no RISCO, sociedade cujo objecto eram os projectos na área do design industrial e gráfico.
A partir dessa data a actividade da sociedade foi-se orientando predominantemente para os projectos na área da arquitectura de edifícios e grandes projectos urbanos – planos e projectos de espaço público.

3. Essencialmente com encomendas públicas de governos regionais, câmaras municipais e instituições do Estado, mas também com projectos privados, desenvolvi uma intensa actividade como projectista e como coordenador e gestor de equipas multidisciplinares, em Portugal e no estrangeiro.
Agarrei grandes oportunidades, como o Centro Cultural de Belém, a EXPO 98, o Plano Urbano das Antas e o Estádio do Dragão, o Polis do Cacém, o Hospital da Luz e a Reconversão da Frente Marítima de Ponta Delgada, entre outras, que me permitiram provar que se pode fazer, em tempo e com qualidade, conjugando vontades e esforços por vezes em parcerias difíceis de conseguir.
Orgulho-me dos projectos realizados ao longo dos anos, fruto do trabalho colectivo desenvolvido por uma equipa que se foi formando e se mantém estável há mais de uma década, que me coube orientar, coordenar e gerir.
Orgulho-me, também, de ter pautado os meus trabalhos pelo mais escrupuloso respeito das normas legais e regulamentos aplicáveis, pugnando sempre pela defesa do interesse público, mesmo por vezes em contradição com os interesses imediatos de quem me contratava.

4. Nasci, cresci e sempre vivi em Lisboa. Sempre me interessei e estudei a minha cidade.
Levei os meus alunos a estudá-la e, com isso, penso que contribuí para constituir um acervo de ideias e projectos que no futuro podem ser realizados para melhorar a vida dos cidadãos de Lisboa.
Fui autarca entre 1976 e 1979, como membro de uma assembleia de freguesia de Lisboa, numa lista de independentes.
Integrei o Comissariado Baixa Chiado, coordenado pela Dr.ª Maria José Nogueira Pinto, em que uma pequena equipa, muito diversificada, desenvolveu um projecto estimulante, que nos permitiu compreender na prática que há outras maneiras de gerir a cidade, e fazê-la avançar, pensando essencialmente nas pessoas, com um projecto sustentável, conjugando os esforços do Governo, da Câmara e dos privados.

5. Hoje, com mais de 40 anos de actividade como projectista e gestor de equipas de projecto, gostava de pôr ao serviço da minha cidade a experiência que acumulei e tentar realizar as mudanças com que sonhei, por isso aceitei convite do Dr. António Costa para integrar a lista do Partido Socialista concorrente às eleições intercalares em Lisboa, com responsabilidades na área do urbanismo.
Aceitei o convite com gosto e entusiasmo, e pretendo dedicar a estas funções a minha total disponibilidade e empenho. Entendo por isso, que em caso de vitória nas próximas eleições da lista em que me integro, devo cessar toda a minha actividade profissional enquanto exercer funções como vereador.
Mas, além disso, entendo que me devo desvincular do RISCO, onde até agora exerci a minha profissão.
Assim, é minha intenção - e meu compromisso público - alienar a totalidade das participações, directas e indirectas, que detenho no capital do RISCO, e renunciar a todos os cargos que aí exerço.
Trata-se de uma desvinculação total, quer ao nível societário, quer de gestão, quer profissional.
Mas quero dizer mais. Não podem subsistir dúvidas sobre a imparcialidade e a transparência das relações dos titulares dos órgãos municipais e as empresas que em Lisboa podem actuar. Tenho ligações antigas com o RISCO, e (alguns familiares exercem aí actividade). Entendo, por isso, para salvaguarda da reputação do RISCO, da minha honorabilidade pessoal, e do bom nome da Câmara Municipal, que devem ser afastadas
suspeitas de conflitos de interesses ou de favorecimentos. Assim, acordei com as pessoas a quem transmitirei as participações do Risco que, enquanto exercer funções executivas na Câmara Municipal de Lisboa, o RISCO não aceitará novas encomendas de promotores privados de projectos que estejam sujeitos a licenciamento ou autorização da Câmara - e, como é óbvio, não realizará trabalhos para o Município.
Este é, antes do mais, um compromisso pessoal. Mas é também um compromisso do RISCO, que tenho de agradecer aos seus accionistas, aos seus administradores e a todos os seus colaboradores.
Finalmente, quero também assumir um compromisso relativamente aos trabalhos que o RISCO tem em curso em Lisboa. Trata-se de um conjunto de projectos cuja lista divulgo em anexo a esta declaração.
São 12 trabalhos e projectos em momentos distintos de elaboração, muitos deles já em fase final de execução das obras correspondentes. Estes trabalhos não podem, como é óbvio, ser interrompidos. Por isso, assumo, desde já, que se a lista em que me integro for vencedora nas próximas eleições e vier a assumir funções executivas, não terei qualquer intervenção nesses processos, e declarar-me-ei impedido de ter qualquer participação nos mesmos.

6. Para todos aqueles que colaboraram comigo no RISCO, uma palavra de gratidão e de certeza que, com a capacidade de equipa e o prestígio e reconhecimento alcançado, saberão continuar o projecto iniciado em 1974, quando a sociedade foi constituída.

Lisboa, 30 de Maio de 2007

Anexo: Lista de projectos do Risco no Município de Lisboa

Lista de projectos do Risco no Município de Lisboa

Planos de Pormenor

- Plano de Pormenor da Matinha
Cliente: INLAND
Adjudicado em Nov. 2003
Nota: o contrato inclui o projecto dos espaços públicos e de arquitectura de edifícios a construir na área do plano.

- Plano de Pormenor do Quarteirão a Poente da Gare do Oriente
Cliente: TURIFENUS
Adjudicado em Dez.2004.
Projecto de Espaço Público

- Alto do Lumiar - Projecto de Infraestruturas e Espaço Público do Eixo Central
Cliente: SGAL – Sociedade Gestora do Alto do Lumiar
Adjudicado em Outubro 1999. Entregue o projecto de execução em Maio 2007.
Projectos de Edifícios

- Alto do Lumiar – Loteamento e Projecto de Arquitectura da Malha 24
Cliente: SGAL – Sociedade Gestora do Alto do Lumiar
Adjudicado em Março 2002.

- Remodelação do Edifício do BPI na Pç. do Município
Cliente: BANCO BPI
Adjudicado em Set. 2004.

- Reconversão do Convento do Beato, antiga fábrica de Nacional e edifícios na R. Do Grilo
Cliente: CEREALIS (ROCKBUILDING)
Adjudicado em Janeiro 2007

- Projecto para o Terreno designado “Olivais Norte”
Cliente: FIMES ORIENTE representada por GESFIMO
Adjudicado em Maio 2005
Propostas para Concursos em Apreciação

- Conjunto Edificado da Rua Damasceno Monteiro
Cliente: EPUL
Nota: concurso entregue em 12.12.2006. Aguarda decisão da EPUL

- Remodelação do Edifício do Banco de Portugal na Baixa de Lisboa
Cliente: BANCO DE PORTUGAL
Nota: concurso entregue em 09.05.2007. Aguarda decisão.
Projectos já Aprovados com Obras em Curso

- Edifício na Rua Vítor Córdon
Cliente: CAMPEQUE
Adjudicado em Março 2005

- Conjunto Habitacional na Trav. de Stº Ildefonso
Cliente: ESPÍRITO SANTO RSOURCES (PORTUGAL) AS
Adjudicado em Agosto 1998

- Hotel Altis Belém, na Doca do Bom Sucesso
Cliente: ALTIS – Sociedade de Empreendimentos Turísticos e Hoteleiros, SA
Adjudicado em Maio 2000»

In blog

Sunday, May 27, 2007

As sondagens e a realidade

Os números para conhecer e comparar

Nota
A ordem das votações é sempre: PSD, PS, BE, CDU, CDS. O que se nota é que a CDU aparece quase sempre prejudicada e o Bloco beneficiado nas sondagens, por comparação com a votação realmente obtida nas urnas.
Em caso contrário, isso está assinalado neste resumo tirado daqui.

2005
Eurosondagem
Data: 25.6

36,4
29,6
CDU 7,8
BE 7,5
4,1

Católica
14.7

PS 41
PSD 36
8
6
3

Aximage
30.9

39,9
25,7
6,8
5,7
4,4

Marktest
6.10

38,2
27,2
9,2
9,2
8

Cat
7.10

36
31
10
10
7

Ax
7.10

38,5
30,2
CDU 8
BE 7,7
5,6

Euros
7.10

41,4
30,5
10,1
8,5
5,5

Intercampus
7.10

PS 34,7
PSD 34,3
CDU 12
BE 6,9
CDS 4,9


Votações de facto obtidas
12 Out 2005

PSD/PPM obteve 42,43%.

PS: 26,56%

CDU: 11,42%

BE: 7,91%

CDS: 5,92%

Sondagens já deste ano
Maio 2007


Barómetro DN/TSF/Marktest (perguntas feitas em 17 de Maio):
- PS: 25,2%
- Carmona: 15,7
- Helena Roseta: 13,5
- Negrão: 9,5
- Sá F: 6,2
- Ruben: 5
- CDS: 1%.

Expresso, Eurosondagem, 26 de Maio
- PS: 32,1%
- Carmona: 16,9
- Helena Roseta: 15,9
- Negrão: 14,8
- Ruben: 6,3
- Sá F: 5
- CDS: 3,8%.

Saturday, May 26, 2007

Negrão contradiz-se em Lisboa

Carmona e Roseta não são independentes, diz ele

Diz Negrão, em pré-campanha, que a candidatura de Carmona «foi uma cisão zangada» do PSD. Mas fala também da de Roseta. Eis a frase: «Não há candidaturas independentes, são cisões zangadas de partidos políticos. A candidatura de Carmona Rodrigues é uma cisão zangada relativamente ao PSD». Ou seja: na primeira parte da frase, Negrão está claramente a pronunciar-se sobre o PS e a zanga de Helena Roseta também. Ok: sabemos que Roseta há apenas 15 dias era militante destacada do PS e queria ser sua candidata.
Mais: Negrão diz que o PSD não é tido nem achado na queda da CML: “«O executivo camarário caiu e houve responsáveis. Mas não foi o PSD», afirmou, lamentando que nos últimos dois anos a Câmara de Lisboa não tenha tido liderança.”

Tele-liderança, e não é a do Bispo Tadeu!

Mas isto não é completamente contraditório? Então se isto não é uma candidatura independente (eu não sei se o é: estou apenas a seguir o raciocínio de Negrão), se isto é uma candidatura de um PSD zangado, como se pode concluir que a queda da CML se deve não ao PSD mas à acção de um eleito (independente? e) sem liderança?
Mais: então e aquilo que de facto iniciou a queda formal (as políticas vêm desde 2002, é certo), ali mesmo à nossa frente naquela sessão da CML em que Marques Mendes, ao telefone, manda retirar Pedro Portugal Gaspar da lista que está a ser votada para o CA da SRU da Baixa? Se isso não é liderança, então o que é liderança? É liderança, sim. Errada, mas liderança. Mais: é tele-liderança da pior espécie. Disso não tenho qualquer dúvida. Factos destes sucederam-se à minha frente vezes repetidas. Isso, que ninguém mo negue…
Não esquecer: foi nessa hora que Maria José Nogueira Pinto (hoje tentada pelo PSD mas cuja tentação é o PS – e mantenho que a Baixa e a Frente Ribeirinha são a sua atracção), então vereadora do CDS em coligação pós-eleitoral com o PSD (ou com o PSD zangado de Carmona, na expressão de Negrão?) anunciou que terminaria ali mesmo essa coligação. E terminou: umas horas depois, em conferência de imprensa, rebentaram as águas e nasceu um CDS em liquefacção e um PSD em declínio.
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Causas formais e causas políticas para a queda da CML
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Repito: foi ali que se iniciou a queda da CML, em termos formais. A minha leitura é mais relativa às políticas, decisões erradas, decisões ilegais, negócios duvidosos e tal, acabando tudo por fazer da Judiciária um dos mais importantes departamentos da CML: a frequência e o à-vontade dos inspectores naqueles corredores fazem da PJ um serviço da Câmara como tantos outros.

(A talhe de foice: há no entanto quem diga que a Judiciária não sabe onde procurar e que não é nos computadores das chefias que as coisas estão, mas sim nos dos funcionários. E que não é só no Urbanismo: também nos departamentos e divisões de Finanças. Sei lá. Ninguém quer dar-se ao trabalho de esclarecer isso de forma cabal, mesmo que anonimamente – que eu enviaria de imediato para a Gomes Freire…)

Linha Lisboa / Cascais

Degradação do serviço visa privatização?

«O material circulante na linha ferroviária de Cascais está já bastante envelhecido, o que já tem levado à ocorrência de acidentes, como desprendimento de carruagens, que só por acaso não têm feito vítimas, e tem originado avarias regulares que requerem uma necessidade de reparação constante do material, com a consequente supressão temporária (às vezes mais duradoura do que meramente temporária) de comboios.
Neste momento, a linha de Cascais tem menos 45 circulações ferroviárias por semana, o que se traduz numa redução substancial de oferta aos utentes e, logo, num desincentivo da utilização deste modo de transporte ferroviário para quem realiza movimentos pendulares diários da linha de Cascais – Lisboa.
Aliás, uma das supressões efectuadas foi a ligação rápida S. Pedro – Cais do Sodré, que tinha uma afluência bastante elevada». O PEV pergunta ao Governo:
«1. Para quando se prevê a reposição dos horários e das circulações retiradas aos utentes da linha ferroviária de Cascais?
2. Para quando se prevê a renovação/modernização da linha ferroviária de Cascais e que tipo de intervenção está programada?
3. A degradação de serviços públicos, originada por sucessivos subfinanciamentos e falta de intervenção, levam sempre algum defensor da desresponsabilização do Estado a propor a imediata privatização dos serviços, sem olhar às consequências dessa privatização para os cidadãos.
4. O Governo tem conhecimento de alguma proposta de privatização desta linha ferroviária? Qual é a perspectiva do Governo em relação a uma proposta desta natureza?»

Tuesday, May 22, 2007

Apresentação pública dos candidatos da CDU à Câmara de Lisboa

Intervenção de Ruben de Carvalho

Hoje, às 18, no Sofitel

Camaradas e amigos,

Quando, há pouco mais de um mês, a patética e última fase do descalabro final de seis anos de política de direita em Lisboa tornou claramente inevitável a realização de eleições intercalares, a CDU chamou responsavelmente a atenção do eleitorado para duas condicionantes que se apresentavam.
Numa síntese brilhante (da qual repetidamente me apropriei e aproveito para agradecer!), o camarada Jerónimo de Sousa afirmou então que as eleições intercalares poderiam constituir uma saída para o impasse político que estava criado, mas, manifestamente, dificilmente poderiam ser a solução para o gigantesco número de problemas que as maiorias PSD e CDS, dedicadamente apoiadas em muitas circunstâncias pelo PS e pelo Bloco de Esquerda, deixavam à Cidade.
Sublinhámos, evidentemente, a natureza, a gravidade de tais problemas, criados e agravados ao longo de anos e a requererem correcções, soluções, medidas que não se compadecem com expedientes, antes exigirão cuidado estudo, paciente e persistente aplicação.

Mas o PCP sublinhou duas condicionantes de transparente evidência: por um lado, encontramo-nos face a eleições intercalares – e não antecipadas –, o que coloca ao executivo a sair das eleições do próximo dia 15 de Julho um horizonte de acção de pouco mais de dois anos; segundo, o facto de as eleições se realizarem exclusivamente para o executivo camarário e não para a Assembleia Municipal, onde a maioria que conduziu a Câmara ao colapso mantém maioria absoluta – sendo até de referir que a referida Assembleia e em especial a sua actual Presidente, responsável da Distrital do PSD, não se pouparam a intromissões no quotidiano camarário dos últimos tempo, a indiciarem uma apetência interventora que faz recear novos e futuros contributos em nada contribuindo para estabilidade e trabalho.
Este panorama – e em especial o primeiro – teve como resultado indirecto o contribuir largamente para que a real e grave situação económica e financeira assumisse um protagonismo central no discurso sobre as próximas eleições, questão que nos deve merecer algumas reflexões.
A primeira é que, sendo verdade a gravidade do problema, há um aspecto que é essencial não esquecer: a situação económica e financeira de uma estrutura da administração pública não é nada que nasça de geração espontânea ou tenha qualquer estranha autonomia, que fica bem ou fica mal – porque sim…
A não se verificarem catástrofes naturais ou outros incidentes semelhantes – e, embora catástrofes, as gestões de Santana Lopes ou Carmona Rodrigues não pertencem propriamente a esse tipo de fenómeno… -, a situação económica e financeira de uma estrutura do Estado depende acima de tudo e incontornavelmente da política que é seguida por quem governa o Estado.
Tal afirmação (que alguns poderão considerar como digna de Monsieur de La Palisse…) adquire no presente momento importância por duas ordens de razões: em primeiro lugar, sendo o problema financeiro uma evidência, corremos o risco de termos todos os candidatos carpindo igualmente os males da situação e clamando a urgência e primazia da sua solução, assim ocultando diafanamente as responsabilidades que a ela conduziram; em segundo lugar, este diáfano manto que cobrirá as responsabilidades do que conduziu à crise acaba a servir também para cobrir a ausência de um discurso responsável para a sua solução ou seja, que políticas para resolver a crise.

Camaradas e amigos, permitam-me, ainda sobre este ponto, que assinale outro aspecto. É que o real problema dos dois anos impostos pelas eleições intercalares pode ainda mistificar de outra forma a prioridade e a responsabilidade política para nós axial para uma gestão autárquica responsável: é a constante invocação das «medidas de emergência», uma vez mais queirosiano e diáfano manto para ocultar dois nada inocentes problemas:

- primeiro, é que sabemos como o acéfalo discurso das «medidas de emergência» serve habitualmente para fornecer cobertura a medidas impopulares, desnecessárias, injustas do ponto de vista de classe, mas assim camufladas com a «urgência» (repare-se por exemplo no insistente e inquietante discurso das candidaturas à direita do PCP sobre o «excesso» de trabalhadores na CML);

- segundo, é que «medidas de emergência» (e não se nega que muitas serão necessárias) só fazem sentido e só asseguram eficácia se integradas numa visão ampla, sustentada, rigorosa de uma política abrangente no tempo e no espaço, que corresponda a um projecto de Cidade justa e viável.


Camaradas e amigos,

Tal como muito bem assinalou a nossa camarada Rita Magrinho, o PCP e a CDU não tiveram qualquer necessidade de dar «vassouradas» nas suas listas à Câmara: pela parte que nos toca, temos a nossa casa, todos os cantinhos dela, impecavelmente limpos, cuidados, sem teias de aranha, os armários arrumados e neles não se descortinam esqueletos…
Manifestamente, não é o que se passa com as outras candidaturas, sabendo, de resto, todos nós, como o PS e o PSD são, eles que ao longo de décadas têm sempre e sucessivamente estado no poder, especialmente hábeis a sacudirem a água do capote e a assobiarem displicentemente para o ar, como quem nada sabe do que aconteceu antes deles…
É uma peculiar versão portuguesa e social-democrata de uma máxima francesa de antes da Revolução: dizem outros que foi Luís XV, outros que terá sido madame Pompadour (curiosa incerteza…) quem afirmou «depois de mim, o dilúvio»; cada novo executivo PS ou PSD descobre que o dilúvio – e não propriamente o de Noé… - foi antes deles e que com tal coisa eles nada tiveram a ver…
Mas, camaradas e amigos, se temos o orgulho de podermos afirmar que os nossos candidatos trazem ao trabalho municipal não apenas a honestidade, o trabalho e a competência impoluta de décadas e décadas, podemos acrescentar que trazem outra valia igualmente importante que as trapalhadas dos outros malbarata e é forçada a perder: a experiência, o conhecimento das realidades e dos problemas.

É por isso, camaradas e amigos, que não consideramos o nosso Programa, o programa CDU com que em 2005 nos apresentámos ao eleitorado de Lisboa como coisa do passado: bem pelo contrário, ele era, ele foi e ele continua a ser um programa de futuro.
E é por ser um programa de futuro que, confrontando-o com os erros e desleixos destes seis anos de política de direita, nele encontramos, com a consistência de quem olha para o futuro, as medidas urgentes que no presente possam garantir a Cidade justa, fraterna, desenvolvida e solidária pela qual nos comprometemos face aos lisboetas.

Apresentaremos em breve – no seguimento aliás da iniciativa que já tomámos há dois meses quando a maioria e a restante oposição coçavam a cabeça para tentar descobrir forma de sair do atoleiro a que haviam conduzido Lisboa – o conjunto de medidas que consideramos axiais e urgentes para a situação lisboeta.

Não são milagres: são propostas políticas. Não são promessas: são compromissos de trabalho. Não são passes de mágica: são soluções que requerem o empenho dos trabalhadores municipais e por isso são soluções que começam por confiar nos trabalhadores, na sua dedicação, no seu trabalho, no seu brio, no seu profissionalismo.

São propostas que estamos em discussão a debater, a enriquecer, a corrigir e aperfeiçoar, mas, sobretudo que nos bateremos para pôr em prática.
Têm a ver com a situação financeira, mas têm também a ver com correcção de tropelias como as revisões simplificadas do PDM, responsáveis por muitas das barbaridades cometidas nos últimos anos em Lisboa;
- têm a ver com a burocracia camarária e a sua simplificação, mas também têm a ver com a justa, urgente e indispensável regularização e estabilização da situação laboral dos trabalhadores da Câmara;
- têm a ver com o espaço público, o seu tratamento e melhoria, mas têm também a ver com a severa intervenção no universo das empresas municipais, das suas contas, dos seus déficites, da sua utilidade, das suas mordomias, da sua pura e simples necessidade;
- têm a ver com a estrutura da Câmara, mas têm a ver com a essencial ligação da Câmara às estruturas mais próximas da população, nomeadamente as Juntas de Freguesia e o rico tecido das colectividades populares;
- têm a ver com os protocolos e regulamentação de subsídios, as contratações de pessoal, mas têm a ver – e têm a ver muito – com a relação com o Poder Central, desde as arrogâncias da Administração do Porto de Lisboa ou da Carris até aos arbítrios financeiros do governo Sócrates.

Neste sentido, não errarei muito se vos disser que consideramos como mais urgentes as seguintes questões:

• Sanear as Finanças municipais e devolver a credibilidade à CML.
• Reestruturar os Serviços e Empresas Municipais, motivando os trabalhadores, simplificando circuitos burocráticos, colocando a máquina municipal ao serviço da Cidade.
• Planear a Cidade, avançando com a revisão do Plano Director Municipal, e travar os negócios e urbanizações feitas ao abrigo das alterações simplificadas.
• Ordenar e responder com urgência aos problemas do Espaço Público (calçadas, jardins, iluminação, barreiras arquitectónicas).
• Avançar decididamente com a reabilitação urbana, utilizando o parque habitacional municipal para trazer mais jovens a morar em Lisboa.
• Definir uma política integrada para os bairros municipais que responda aos problemas das suas populações e integre estes bairros na vida da Cidade.
• Definir com o Governo um plano de renovação do parque escolar.
• Ter uma política ambiental activa, seja na preservação de Monsanto, corredor ecológico e estrutura verde da Cidade, seja no tratamento de esgotos ou na qualidade do ar e no cumprimento da Lei do Ruído.
• Definir, em conjunto com criadores, agentes culturais e Movimento Associativo, uma política cultural e uma política desportiva que devolvam a Lisboa o papel que a Cidade já teve.
• Retomar políticas de envolvimento da Juventude na vida da Cidade.
• Desenvolver políticas de descentralização e colaboração com as Freguesias, questão fundamental para dar resposta aos problemas da Cidade.


Camaradas e amigos,

Já temos lista.
Convosco, estão aqui os companheiros e camaradas que convosco querem trabalhar.
Temos programa.
Em breve teremos a versão final das nossas propostas urgentes.

Podemos, com toda a convicção afirmar: temos a CDU de que Lisboa precisa, a CDU como força alternativa.

Wednesday, May 16, 2007

Apresentação de Ruben de Carvalho como cabeça-de-lista da CDU

Sessão foi no Altis

Intervenção de Corregedor da Fonseca

ELEIÇÃO PARA A CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA
APRESENTAÇÃODA COLIGAÇÃO DEMOCRÁTICA UNITÁRIA
HOTEL ALTIS – 16 DE MAIO DE 2007


INTERVENÇÃO DE JOÃO CORREGEDOR DA FONSECA


«Companheiras e Companheiros. Amigos.

Saudações amigas da Associação Intervenção Democrática ao Partido Comunista Português, ao Partido Ecologista “Os Verdes” e a todos os democratas que integram a CDU


A enorme crise que a direita provocou em Lisboa era inevitável.

Ela surgiu na sequência lógica de uma actuação da presidência camarária e dos vereadores seus apoiantes que paralisou quase totalmente o funcionamento do Município e consequentemente o desenvolvimento da cidade com a agravante de, para além do verdadeiro aventureirismo e dos claros erros de gestão, se poderem associar actos condenáveis de compadrio, de negociatas ilegítimas, de possíveis acções corruptas.

Situações essas sempre denunciadas pelos vereadores e deputados municipais eleitos pela CDU, situações que concorreram para que dois vereadores e o próprio Presidente da Câmara, todos indicados pelo PSD, fossem constituídos arguidos.

Nos últimos anos, os lisboetas têm sido surpreendidos com um verdadeiro delírio proporcionado por uma actuação que privilegiou sempre a submissão aos interesses de especulativos grupos económicos em detrimento da adopção de programas que visassem a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

Mas, neste momento, não devemos esquecer o comportamento lamentável e cúmplice dos eleitos do Partido Socialista e do Bloco de Esquerda que, agora, se apresentam como vestais, puros, libertos das suas pesadas responsabilidades, tentando fazer esquecer o inquestionável e determinante apoio que, em certos casos bem graves e sensíveis para a cidade, deram, primeiro a Santana Lopes e, depois, a Carmona Rodrigues.

Os últimos seis anos têm constituído um pesadelo para a população obrigada a enfrentar no seu quotidiano acrescidos e agravados problemas para os quais não houve intenção de os travar e solucionar. E não venham agora o PS e os outros, o BE, tentar lavar as suas mãos como se não tivessem quaisquer responsabilidades no agravamento de situações cada vez mais insustentáveis e para as quais os vereadores eleitos pela CDU sempre apresentaram propostas e projectos de solução viáveis e credíveis.

Na realidade, os lisboetas deparam com problemas que urge solucionar com realismo. A cidade apresenta-se como muito desumana, onde os direitos sociais dos cidadãos são menosprezados, notando-se acentuados focos de pobreza, aumento do já elevado e inaceitável número dos sem-abrigo – raro é o bairro onde não vemos homens, mulheres e crianças a dormirem nos passeios e em vãos de escada – há claros indícios de marginalização de camadas da população nomeadamente da juventude, dos reformados, de imigrantes. Não se fomentou a habitação social, a situação das escolas deteriorou-se, destruindo-se, assim, o árduo e valioso trabalho desenvolvido neste sector pelos vereadores eleitos pela CDU no quadro da coligação “Por Lisboa” e que por todos foi reconhecido. A desertificação do centro intensifica-se, o trânsito continua caótico.

Estes são problemas bem reais com que os cidadãos deparam dia-a-dia. Mas os vereadores do PSD, do PS, do BE, do CDS-PP, preferiram virar-se para os grandes negócios como se eles fossem essenciais. Tais negócios, ou negociatas, deram os resultados que estão à vista.

Companheiros

Na opinião da Associação Intervenção Democrática-ID, que aqui represento, o que se tem passado em Lisboa, o tipo de gestão autárquica adoptado, em pouco difere da governação a que o País tem sido sujeito que tem agravado as condições de vida dos portugueses e que Lisboa constitui um flagrante exemplo.

A pobreza, o desemprego, a falta de habitação condigna e acessível para os mais necessitados, a exclusão e marginalização sociais que se notam na Capital constituem uma amostra do que se passa no País, como consequência da acção negativa do governo neoliberal do Partido Socialista, governação que tanto agrada aos círculos capitalistas. Governo que prejudica também, o Poder Local e que retira à direita argumentos de contestação.

Os problemas que afectam os habitantes de Lisboa são idênticos aos que a generalidade da população é obrigada a enfrentar em todo o País sem que se vislumbre a vontade política por parte do arrogante Governo de os solucionar com políticas justas, progressistas, que visem o desenvolvimento adequado do País e ponham termo às injustiças sociais.

Aliás, o descontentamento é geral pelo que não surpreende o facto de a CGTP ter decidido e bem a convocação de uma Greve Geral que tem recebido crescente adesão dos portugueses, indignados com a insensibilidade manifestada por Sócrates e seus ministros em ouvirem os justos anseios e protestos da população trabalhadora.

É neste quadro, companheiros, que foi decidida a participação da CDU no próximo acto eleitoral. Como espaço aberto a todos quantos defendem o Poder Local Democrático, como força de diálogo, que age em defesa das populações na procura das melhores soluções para os problemas, a Coligação Democrática Unitária, que a Intervenção Democrática integra juntamente com os partidos Comunista Português e Ecologista Os Verdes, a quem saudamos, não poderia deixar de participar em mais este desafio.

Tendo em conta o excelente trabalho desenvolvido principalmente pelos nossos vereadores Ruben de Carvalho e Rita Magrinho, temos a certeza que, através do máximo empenhamento de todos e da intensificação das nossas acções durante a campanha vamos obter um resultado eleitoral ainda mais positivo imprescindível para concorrermos, no curto prazo do próximo mandato, para a alteração qualitativa da filosofia que determinou a desastrada e ruinosa gestão camarária.

Viva a Coligação Democrática Unitária.»

Intervenção de José Luis Ferrreira, do Partido «Os Verdes»

«Antes de mais e em nome da Direcção do Partido Ecologista “Os Verdes” permitam-me que vos saúde a todos. Uma saudação que abraça naturalmente todos os cidadãos independentes e as organizações que connosco integram a Coligação Democrática Unitária, a Intervenção Democrática e o Partido Comunista Português.

Uma saudação também especial a todos os lisboetas, até porque hoje podemos suspirar de alívio, afinal o pesadelo parece ter chegado ao fim, ou pelo menos, temos agora a oportunidade de o afastar definitivamente.

Caros amigos,
“Os Verdes”, conscientes que agir em convergência fortalece a intervenção permitindo unir esforços para prosseguir objectivos comuns, partem para esta batalha eleitoral, integrados neste grande espaço de intervenção que é a CDU e portanto, nela uma vez mais nos cruzamos com o claro propósito e a forte convicção de transformar este desafio eleitoral numa vitória da Cidade de Lisboa e das pessoas que cá vivem e trabalham.

Estamos certos que o trabalho desenvolvido não deixa margem para dúvidas, a CDU é a única força política com condições de apresentar um projecto alternativo para a Câmara de Lisboa, capaz de lhe devolver tudo aquilo que a passagem da direita pelos destinos da cidade, lhe roubou.

Durante os últimos seis, penosos e demorados anos, a CDU esteve sempre ao lado da cidade e dos lisboetas, ora apresentando propostas concretas e soluções para os graves problemas da cidade, ora opondo-se a tudo o que era lesivo para o interesse colectivo.

Não fizemos como fez o Partido Socialista que deu o seu apoio á direita em matérias fundamentais para os destinos da cidade, como foram as alterações ao PDM em regime simplificado, os Orçamentos e Planos de Actividades, já para não falar no negócio que envolveu o Parque Mayer e os terrenos da feira popular, aqui também com o apoio do Bloco de Esquerda, convém recordar.

Durante os últimos seis anos a CDU procurou de forma coerente e combativa contrariar as políticas que levaram ao estado a que Lisboa actualmente se encontra. Um verdadeiro caos.

Um retrato da passagem da direita pelos destinos da cidade podia facilmente ser confundido com um verdadeiro filme, mas a ser um filme, nunca poderia, infelizmente chamar-se, “em defesa do interesse público”, e qualquer semelhança com a realidade, não seria, infelizmente, mera coincidência.

Seria um filme com todos os ingredientes que um verdadeiro filme exige, meteu casos, episódios recambolescos, irregularidades, processo judiciais, buscas e arguidos, nomeações ilegais, negócios de duvidosa legalidade, atraso nas transferências de verbas, incumprimento de protocolos, e dividas, muitas dividas. Reinou o caos e instalou-se a dúvida.

Tinha tudo, apenas faltaram projectos, ideias e soluções para Lisboa, porque quando faltaram maiorias o Partido Socialista resolvia.

Seis anos marcados pelos grandes buracos que a direita deixou para o futuro.
Desde logo o buraco financeiro, com a autarquia de Lisboa a dever mais do que catorze autarquias juntas.

Um buraco no relacionamento com as Juntas de Freguesia e com as colectividades da cidade.

Um buraco no respeito pela Assembleia Municipal e pelas suas decisões com o Executivo a ignorar completamente as muitas Recomendações que esta aprovou até por unanimidade.

Um buraco, enfim, no património Municipal, com o seu constante delapidar a que se assistiu nos últimos anos.

Mas nós estivemos lá para dizer não.

E quando uns disseram “Eu fico” para logo a seguir, sair, nós ficamos.

Enquanto uns abandonaram porque não tinham tempo, nós continuamos.

E enquanto para outros ainda houve o desplante de tentar corromper, a nós, não nos deram a oportunidade de dizer que não, Se calhar porque a nossa honestidade e a forma de encarar os cargos públicos, não permitiu tal abuso.

Somos diferentes também na forma como olhamos para Lisboa. E as diferenças de olhar para Lisboa, são já perceptíveis, com uns desesperadamente á procura de candidato, não com a preocupação de resolver os problemas da Cidade, mas para sacudirem a pressão perante uma situação que apenas eles criaram e outros que continuam a ver Lisboa como uma forma de acautelar sucessões partidárias ou para encobrir indisfarçáveis remodelações governamentais.

No meio de tanta azafama, Lisboa, parece, pouco interessar.

É assim transformada, por alguns, num meio, num instrumento e nunca vista como um fim em si própria.

Alguém tem então de pensar em Lisboa e nos seus problemas. Na organização dos espaços e na devolução aos cidadãos. Nas escolhas urbanísticas, nas opções relativamente aos transportes e à mobilidade, na humanização da cidade e no incentivo à participação e envolvimento dos cidadãos.

O trabalho desenvolvido na autarquia de Lisboa, mostram de forma clara e evidente que é na CDU que estão essas pessoas.

Que olham para Lisboa como um fim e não como um meio.

Pessoas com ideias, projectos e soluções para Lisboa.

Capazes devolver confiança à cidade e de credibiliar o exercício dos cargos públicos. Com forças e vontade de retirar Lisboa do caos reinante que a direita emprestou à cidade de forma nunca vista e até à pouco impensável.

“Os Verdes” partem assim para esta batalha eleitoral com confiança e vontade de ajudar a construir um alternativa para Lisboa e para os Lisboetas.
Viva a Cidade de Lisboa.
Viva a CDU.»

Intervenção de Ruben de Carvalho

«Camaradas e amigos

Este nosso encontro, este início de mais uma batalha eleitoral por Lisboa, certamente o prevíamos para mais tarde. Mas a verdade é que não nos surpreende que a incompetência, a incapacidade, a insistência numa política contrária aos interesses da Cidade e de quantos nela habitam e trabalham tenha conduzido a esta situação.

Na realidade, ao longo dos últimos seis anos não houve um dia em que os comunistas não alertassem para os atropelos, para a incúria, para os favoritismos, para os negócios escuros, para as promessas demagógicas. Alertámos e todos dias também as combatemos, todos os dias procurámos e propusemos alternativas, soluções, outros caminhos em todos os campos da vasta e importante intervenção do município da capital.


A direita esteve no poder na Câmara de Lisboa durante estes últimos seis anos. Esteve a maioria PSD, coligada no passado mandato e em grande parte deste último, com o CDS/PP.
Estes partidos foram os principais protagonistas, mas o que interesse sublinhar é que a essência do que se passou foi a concretização de uma política de direita e que esta política de direita foi não apenas concretizada e sustentada por partidos de direita, mas em muitas e decisivas ocasiões por outras forças, nomeadamente eleitos do Partido Socialista e do Bloco de Esquerda.

É uma verdade incontornável e indesmentível que, ao longo deste negro período da vida da nossa Cidade, apenas os eleitos da CDU coerente e persistentemente se opuseram sempre – mas sempre! – ao descalabro que arrastou a Câmara à maior crise por ela conhecida desde o 25 de Abril.

A sucessão de escândalos já com vasta expressão judicial e objecto de investigações policiais é um índice esclarecedor do que sucedeu. Dizer que as maiorias presididas por Santana Lopes e por Carmona Rodrigues seguiram políticas criminosas surge hoje aos olhos dos lisboetas não apenas como uma figura de retórica, um duro adjectivo que severamente apontasse o divórcio e o desprezo pelos interesses da Cidade, o gerir irresponsável do erário público, os atropelos às imposições dos Planos e das leis: a triste verdade é que tudo indica não estarmos apenas face a crimes em sentido figurado, mas talvez crimes em sentido real. Aos tribunais caberá pronunciar-se sobre o que tenha violado a lei – e foi muito; mas ao eleitorado cabe pronunciar-se sobre esta política, ao eleitorado cabe afastar do poder os que por ela foram responsáveis, ao eleitorado cabe criar condições para uma nova maioria e uma nova política, consubstanciadas pelo projecto da CDU.


Camaradas e amigos, partimos para este julgamento do eleitorado com profunda confiança. Confiança no trabalho realizado pelos nossos eleitos, confiança na capacidade do nosso Partido e dos nossos aliados na CDU de, como sempre, acorrer à chamada que a defesa da democracia e a defesa dos interesses do povo e do País impõe. Mas todos temos consciência de que nem será fácil reconstruir o que foi destruído no município, nem será fácil ao longo das próximas semanas enfrentar os obstáculos que se erguerão contra uma verdadeira alternativa: teremos de enfrentar os gigantescos meios de propaganda que os sempre sombrios meandros dos negócios porão ao dispor dos nossos adversários, teremos de enfrentar uma comunicação social controlada pelo governo socialista ou pelo grande capital, teremos de enfrentar a mentira, a demagogia e até situações no limite do eticamente aceitável.

Não podemos deixar de sublinhar que o candidato que o PS apresenta foi quem ao longo dos últimos anos conduziu no Governo Sócrates uma brutal ofensiva contra o Poder Local democrático, contra os seus eleitos e contra os seus trabalhadores e será interessante ver que piruetas se farão agora para dar o dito por não dito e o feito por não feito. Não podemos igualmente deixar de sublinhar que o PSD indica para a Comissão Administrativa que governará a Câmara em pleno período eleitoral três dos seus Vereadores que conduziram o município a esta situação, que muito plausivelmente eles serão novamente candidatos e, ainda por cima, dois deles se mantêm (com mais do que duvidosa legitimidade e nada duvidosa falta de decoro) à frente de empresas municipais cujos cargos deveriam já ter abandonado antes da Câmara cair. E sublinhe-se o caso da EGEAC, que, exactamente em Junho, terá a dirigir o seu trabalho nas Festas dos Santos populares um ex-Vereador PSD então candidato do PSD!

O eleitorado de Lisboa tem de dizer se consente que este desavergonhado desgoverno prossiga!


Camaradas e amigos

As dificuldades não constituem para nós novidade e, no fundo, é com a alegria de quem faz o que sempre considerámos certo que de novo desceremos à rua para falar com as mulheres, os homens, os jovens que vivem e trabalham na Lisboa que queremos melhor e mais feliz.
Foi o que fizemos, o que fazemos sempre, não entendemos um trabalho autárquico no gabinete. Por isso damos a importância que damos a todas as estruturas que ligam o povo à realidade e à intervenção, as Juntas de Freguesia, as colectividades, os clubes, enfim, isso mesmo, o protagonista de toda a História – o povo.

Uma palavra, amigos e camaradas, é aqui devida aos trabalhadores do Município, desde os que desempenham as tarefas mais duras até aos que enfrentam complexos problemas com elevada qualificação técnica, todos com brio e empenho profissional.

Pela ausência do então cabeça de lista do Partido Socialista (mais uma…) numa reunião de Câmara, uma proposta do PCP que teria solucionada a incerteza da vida de centenas desses trabalhadores com vínculo precário foi derrotada pela direita. Em compensação, o Bloco de Esquerda regozijou-se com a trapalhada da criação de um quadro privado na Câmara, caminho aberto para a liquidação de direitos duramente conquistados!

A palavra que daqui dirigimos quer recordar aos lisboetas que se a Câmara Municipal da sua cidade não está hoje completamente paralisada e inoperante isso se deve fundamentalmente aos milhares de homens, mulheres e jovens funcionários municipais. As próximas eleições são também uma forma de assegurar a esses mais de 10 mil trabalhadores o apreço de que são merecedores por parte dos lisboetas e o respeito devido pelos direitos do seu trabalho.

Camaradas e amigos

Temos pela frente muitas lutas. O mundo não se tornou mais feliz e pacífico, o Portugal de Abril tem em S. Bento executores que se intitulam socialistas e executam a talvez mais violenta ofensiva contra Abril que Abril conheceu.

Mas os trabalhadores portugueses, temperados por dezenas e dezenas de anos de luta, criaram os seus instrumentos de classe para defenderem os seus interesses, criaram os seus sindicatos, criaram o seu Partido, o nosso Partido, o Partido Comunista Português.

Foi lançado há dias o primeiro volume das Obras Completas do nosso camarada Álvaro Cunhal. Ali se estampa ter ele escrito em 1939, em momentos bem mais sombrios:

«E haverá sempre vontade de continuar procedendo sempre e sempre duma forma escolhida, marchando sempre para um destino humano e uma missão terrena voluntariosamente traçados. Haverá sempre anseio de continuidade e aperfeiçoamento.
«Atravessar-se-ão tragédias com lágrimas nos olhos, um sorriso nos lábios e uma fé no peito.»


Amigos e camaradas

Assim continuará a ser.
Com a CDU, vamos devolver Lisboa ao Povo de Lisboa!»


Intervenção de Jerónimo de Sousa

«(...)A CDU tem um património ímpar. Na oposição à década negra de Abecassis e da AD de 79 a 89, na contribuição na década de 90 na gestão da Câmara com a marca do melhor que Lisboa teve, na oposição ao novo descalabro da gestão PSD com apoio do CDS-PP de 2001 a 2007, a CDU tem um percurso incomparável de acção, uma prática distintiva e coerente, um projecto para a Cidade de Lisboa cuja necessidade cada vez mais se evidencia.
Lisboa precisa do trabalho, da honestidade e da competência da CDU. Lisboa precisa de quem, como a CDU, conhece como ninguém a Cidade e os seus problemas: de quem como a CDU, se identifica com as aspirações do seu povo a uma vida melhor. Lisboa precisa de quem dê garantias de uma atitude coerente e combativa às posições da direita. Lisboa precisa de um projecto de esquerda firmado num percurso de intervenção que só a CDU está em condições de apresentar e assegurar.
Apresentamos hoje a CDU, força alternativa para Lisboa, a coligação entre o Partido Comunista Português e o Partido Ecologista “Os Verdes” com a participação da Associação Intervenção Democrática e de muitos cidadãos sem filiação partidária, coligação aberta a todos os que se preocupam com a Cidade, que lhe querem bem, que aspiram à superação dos problemas actuais, a uma Lisboa onde seja possível trabalhar e viver melhor.
Apresentamos hoje aqui Ruben de Carvalho, candidato da CDU à Presidência da Câmara Municipal de Lisboa, que encabeça uma equipa capaz e determinada. Ruben de Carvalho tem um percurso de intervenção que fala por si nas mais diversas áreas, uma sensibilidade, vivência, dedicação de sempre a Lisboa, uma intervenção activa e qualificada dos últimos anos na Câmara, uma experiência, conhecimento e capacidade essenciais ao futuro da cidade.
A CDU é a força de oposição coerente, firme, determinada e consistente, a força com conhecimento, sensibilidade e capacidade para resolver os problemas, a força do trabalho, honestidade e competência, a força alternativa para Lisboa.
Iniciamos hoje mais uma etapa na longa caminhada no nosso estilo ímpar por Lisboa, com generosidade, empenho e criatividade, vamos fazer uma campanha intensa e esclarecedora, vamos pelos bairros ruas e praças desta bela Cidade mobilizar a população para que no dia 1 de Julho com o seu voto na CDU abra o novo caminho que Lisboa tanto precisa e a sua população bem merece!»
Tirei daqui.

Sunday, May 13, 2007

Candidatos para a Câmara de Lisboa


À atenção de Alberto Gonçalves, um comentador desprezível do ‘DN’

Caro senhor Alberto Gonçalves, «sociólogo» (‘DN’ de hoje),
Para começo de conversa, dá-me logo vontade de o mandar passear ou até mesmo àquela parte, seja lá isso o que for. O seu vómito no sub-capítulo «sábado, 12 de Maio, o futuro de Lisboa» é digno de desprezo. O senhor julga-se com direito a quê? Ao preito geral, lá porque a direcção do «DN» lhe entrega duas páginas para encher chouriços?
Quem lhe dá a si o direito de colocar Ruben de Carvalho no lote dos seus considerados cidadãos e candidatos de segunda ou mesmo de última categoria e à mistura com nazis? O senhor conhece o PCP? Conhece a CDU? Conhece Ruben de Carvalho? Conhece o magnífico trabalho feito por ele na CML e que é reconhecido por tudo o que é observador não raivoso? Não conhece? Então vá bugiar e meta mas é a viola no saco, seu emplastro! Quem lhe dá o direito, seu dono de bácoro raciocínio, seu baralhado intelectual, de misturar Ruben de Carvalho, nesta frente autárquica, com «um ardina do Rossio que não acabou os estudos» (que miserável que você é, homem), com «a esposa do subsecretário da concelhia do PSD» (que cretino que você me saiu), com «dois skinheads do PNR (em part-time)»? Que pensa você que é e que pode fazer sem resposta, seu dono de gorrilho pensamento moderno?
O sr. Alberto Gonçalves é idiota? – pergunto eu. Quis provocar? Então vai saber o que é provocação a sério, seu poço de idiotice! Achou-se piada? E ao que agora leu, também achou piada, no meio da sua notória incapacidade intelectual?
Com toda a desconsideração, José Carlos Mendes, um inimigo que o não era (nem o é de ninguém), mas que você quis ganhar com esta aleivosia desprezível…

Candidaturas em Lisboa


À atenção de João Pedro Henrique e Ana Sá Lopes
Esta palavrinha «daí»

Meu caro João Pedro Henrique e Cara Ana Sá Lopes (‘DN’), as minhas saudações. Vocês assinam hoje no ‘DN’ um texto em que uma simples palavrinha lixa tudo. É a palavrinha «daí». A frase até podia simplificar as coisas se tivesse alguma coisa a ver com a realidade política de Lisboa. Mas não tem. Vou transcrever a vossa frase, sublinhando a parte que me interessa. Diz assim: «Os comunistas acreditam que Roseta deverá sobretudo roubar votos ao PS e ao BE, daí recusarem uma aliança com o PS».
Não. Nada disso. «Daí»? Daí, como? Só por isso? Ou, sequer, por isso? Não, «daí», não, e vocês bem o sabem. Erro duplo. Primeiro: o PCP já disse há muito que não alinharia com os erros do PS em Lisboa e no Governo e que por isso (por isso, exclusivamente, nada de cálculos sobre votos) não faria coligação. Segundo: quando Helena Roseta apareceu na cena, há três dias, como calculam, já o PCP e os Verdes tinham afirmado que a CDU era a única coligação em que entrariam. Julgo mesmo que até o ‘DN’ publicou noticiário disperso sobre a matéria, quer em declarações reproduzidas de intervenções de Jerónimo de Sousa, quer uma Nota da Comissão Política do PCP, quer mesmo de declarações de Ruben de Carvalho e de Carlos Chaparro nos últimos quinze dias a três semanas. É só lerem.
Com toda a estima e consideração (a sério: gosto mesmo de vos ler, quer juntos quer em separado), José Carlos Mendes, apenas um leitor que procura estar atento.

Tuesday, May 01, 2007

Em Lisboa alinham-se as barricadas do PSD

Por causa da guerra de morte em que os dois campos se envolveram
Marina na mira dos carmonistas

No PSD de Lisboa, inevitavelmente, como eu vinha avisando alguns amigos, jornalistas e outros, ser a favor da permanência de Carmona descambou para outra vertente previsível: ser contra Marina Ferreira e depreciá-la. Começa a estar tudo lá, nos documentos publicados.

1
Carta aberta de uma tal Ana Marques a Marques Mendes

Primeiro: sem Carmona, o PSD teria «perdido as eleições e não estaria à frente dos destinos da cidade».
Segundo: vão substituir os independentes com quem ganharam a CML por «conhecidos "boys e girls” do partido que nem contra o "rato mickey" ganhavam!» - Marina é pois já uma «girl» e não ganharia nem contra o Rato Mickey (figura usada por Nogueira Pinto contra Paulo Portas há uns tempos, se bem se recordam…).
Terceiro: Marina, como os outros «"boys e girls"» entrou para a lista «com base em critérios duvidosos quer do ponto de vista da competência política quer do ponto de vista da competência profissional».

2
Marina Ferreira, uma desconhecida

«Quem é a Dra. Marina Ferreira»?
«Alguém a conhecia antes de integrar a sua (de CR) lista de vereadores»?
«Das duas vezes que tentou ganhar a Junta de Freguesia dos Olivais não o conseguiu».
«Ninguém a conhece porque não existe!»
«Ninguém lhe conhece uma ideia para a cidade nem ninguém lhe conhece uma única posição sobre nada»

3
Com Marina: assalto à CML

«Agora querem promover um assalto à Câmara de Lisboa, obrigando à tua saída» (, Carmona).
«Mas dava jeito (na Presidência da CML, em substituição de Carmona)...aguentava todo o aparelho partidário que Marques Mendes e Paula Teixeira da Cruz têm colocado nos gabinetes dos vereadores indicados pelo PSD e que não foram escolhidos por ti».


Já há feridos nos dois campos

Atenção: tudo isto aparece no blog de apoio a Carmona criado sábado passado e já com várias referências em jornais, rádios e televisões sem que alguém dê a cara por ele mas também sem que ninguém se demarque dele…
Os comentários só são ali admitidos depois de «aprovados» pelo «manager» do blog, pelo que é válido o seu uso para análise política.
Este blog como que soltou os diabos que estavam camuflados nos bastidores da guerra em curso. Agora, nada será como antes.
Nesta luta pelo dia seguinte, nota-se que vigora a lei da sobrevivência. Neste momento crucial, para defender um campo ataca-se o outro de morte.
Vai haver feridas de parte a parte, como é evidente.
Guerra é guerra? Vale tudo? Que resposta vai dar Marina Ferreira – mesmo que na sombra? Estejam atentos. Aguardem.
A questão é: e daqui por dois meses, como é que está tudo isto, quando as coisas se definirem e Carmona ou Marina forem líderes, um sem o outro?

Miguel Sousa Tavares e a Câmara de Lisboa

Uma marrada? Duas marradas!

No LisboaLisboa, alguém me «provocou» com um pequeno comentário:

Comentário de um leitor
«Aconselho, pois, JCM a ler bem o texto de Miguel Sousa Tavares do Expresso deste fim-de-semana, sobre a situação da CML. Na minha modesta opinião o PCP devia estar atento ao que se passa à sua esquerda (ou direita conforme quiserem colocar o BE). Para MST e para a grande maioria da Comunicação Social a oposição na CML é Sá Fernandes e a esquerda (recauchutada) do BE».

Este leitor predispôs-me assim a responder de forma organizada. Acho que a minha resposta pode ser útil a muita gente. É esta:

A minha resposta

«
Repito: agora já está bem. No blog já se escreveu agora (repito: agora) que os textos foram retirados dos jornais citados e não se deixou o equívoco (real: houve quem me telefonasse, como conto).


Sobre o mesmo assunto, não acompanho em nada a RTP que acaba de dizer que os textos foram inseridos no blog sem autorização dos autores. Era o que me faltava a mim era ter de telefonar a toda a gente que cito, transcrevendo e ainda fazendo o favor de inserir um link para a origem...


Quanto ao texto de MST no 'Expresso', e no que toca a considerar que SF é o único opositor de Carmona Rodrigues e do PSD, digo só isto:
a) um sorriso para MST - :);
b) a oposição da minha gente (PCP) só se dirige às políticas e não às pessoas - e aí pode MST não conhecer, mas é só ver as numerosíssimas Notas à imprensa e é só ver as votações - por exemplo nos casos quentes. E fica tudo dito;
c) mas, no caso concreto do Parque Mayer, que é o que tem dado mais nas vistas, é só ver as datas: o PCP participa o caso às instâncias judiciais em 5 de Agosto de 2005. Repito: em 5 de Agosto de 2005.

...

Não, não me estou a atirar aos jornais e tal. Atiro-me, sim, aos directores e editores.
Já o escrevi: mesmo contando com o «black out», prefiro ser comunista. Com metade do que os comunistas têm feito, se o não fossem (raciocínio de contra-senso, porque se o não fossem não fariam o que fazem, como é evidente), teriam 100 vezes mais visibilidade: não faltam boas razões para isso...»