Leia o artigo de Gina Pereira, no 'JN' de hoje
(
http://jn.sapo.pt/2006/03/24/sul/pais_e_alunos_contra_fecho_escola.html
) e veja o que a Lusa divulgou sobre o mesmo assunto:
«Mais de 50 encarregados de educação e alunos do Colégio Santa Clara, da Casa Pia de Lisboa, protestaram hoje contra o anunciado encerramento da escola e a transferência dos estudantes para outros colégios, que alegam não ter condições.
A direcção do Colégio de Santa Clara, junto ao Panteão Nacional, informou os pais na semana passada da intenção da Casa Pia de fechar o estabelecimento de ensino no final deste ano lectivo e transferir os cerca de 350 alunos para outros colégios da instituição, nomeadamente o Colégio Maria Pia, em Xabregas.
De acordo com representantes dos encarregados de educação, os motivos invocados para o encerramento prendem-se com a reestruturação da Casa Pia, que pretende rentabilizar recursos e tem um plano de fechar cursos do ensino regular, e com questões de segurança, que os pais afirmam não compreender.
"Dizem que há questões de segurança pelo facto de a escola ser perto da Feira da Ladra, mas isso não faz sentido, uma vez que a Feira da Ladra sempre se realizou. Não há razões lógicas para fechar e só nos apresentam motivos parvos e sem nexo", afirmou à agência Lusa Maria Isabel Silva, mãe de uma aluna do primeiro ano.
De acordo com os encarregados de educação, o Colégio Maria Pia, frequentado por cerca de 600 estudantes, não tem condições para receber os 350 alunos que frequentam actualmente o Colégio de Santa Clara.
"O [Colégio] Maria Pia é muito grande, mas não tem funcionários suficientes para receber mais estes alunos. Além disso, não tem condições de segurança porque há muitos toxicodependentes na zona", disse Dora Abreu, representante dos pais.
Os pais dos alunos já apelaram à Assembleia Municipal de Lisboa e à Câmara, em sessão realizada terça-feira, para intervirem junto da Casa Pia no sentido de impedir o encerramento da escola e estão também a elaborar um abaixo-assinado, que conta já com mais de 300 subscritores, para enviar à provedoria da instituição e aos ministérios da Segurança Social e da Educação.
Hoje, também o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL), afecto à Federação Nacional dos Professores (Fenprof), criticou o anunciado encerramento do colégio, onde trabalham cerca de 70 pessoas entre docentes e auxiliares, e a consequente diminuição de postos de trabalho.
O SPGL, à semelhança do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores, afirma estranhar que a Casa Pia de Lisboa não tenha comunicado a intenção de encerrar o colégio nem explicado os moldes em que vai ocorrer o processo de reestruturação nas reuniões tidas com a instituição. "É impossível fazer a reestruturação ostracizando os que vivem e trabalham na Casa Pia, contra os seus direitos e interesses. O secretismo e a imposição, que parecem ter passado a imperar e que apelamos a que sejam ultrapassados, não são decerto o melhor método para enfrentar e resolver os problemas", critica o SPGL, em comunicado hoje divulgado.»
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