O IPO fica ali à Praça de Espanha. Será que ali um dia destes se vai erguer com o conluio do governo e da CML um novo condomínio privado? E será que o novo IPO vai para Oeiras e será gerido por privados, como o famigerado e mal-fadado Amadora-Sintra?
O PCP divulgou hoje a este propósito a seguinte nota:
PCP contra especulação imobiliária envolvendo privatização do Instituto Português de Oncologia (IPO)
São cada vez mais frequentes as declarações públicas relativas ao IPO, e todas em sentido preocupante.
De facto, ultimamente há quem coloque a debate uma possível deslocalização desta importante unidade de saúde, podendo mesmo antever-se neste processo o início de um modelo de privatização do Instituto.
O PCP declara a sua frontal oposição a qualquer movimento no sentido da privatização do IPO, em defesa dos interesses dos utentes.
Recentemente, têm perpassado e avolumam-se em diversos órgãos de comunicação social alguns repetidos indícios e recorrentes declarações de responsáveis políticos, que colocam a hipótese de que o IPO saia da Cidade de Lisboa / Praça de Espanha e se possa instalar noutro local ou mesmo fora de Lisboa e em benefício de privados.
A operação, como ela se apresenta à opinião pública, está ainda encapotada. Mas, na prática, o que pode estar em causa é nada mais, nada menos do que uma operação de especulação urbanística e de privatização do IPO. Assim, os terrenos da Praça de Espanha seriam entregues a privados para urbanizar e esses mesmos privados construiriam uma nova unidade noutro local – eventualmente, segundo referências que se podem ler, em Oeiras. A gestão da nova unidade seria também entregue às empresas incluídas na operação...
Responsabilidade especial da CML
São declarações preocupantes de Carmona Rodrigues, presidente da CML, aquelas em que ele se manifesta disponível para viabilizar uma tal «solução» - solução para os privados, mas não para os utentes do IPO. O resultado deste tipo de gestão privada de hospitais está à vista no Hospital Fernando da Fonseca (Amadora/Sintra), designadamente no que se relaciona com exames e outros apoios essenciais para os doentes.
O PCP não hesitará em mover todas as suas capacidades contra tal decisão, a qual que contaria o interesse público em geral e em particular o interesse dos doentes e dos utentes do IPO. Junto das populações e da opinião pública, nos órgãos de poder local (assembleia municipal, câmara, assembleias e juntas de freguesia), assim como na Assembleia e na Junta Metropolitana, bem como na própria Assembleia da República apelando por todo o lado a um grande levantamento popular e institucional contra a privatização do IPO em benefício do capital privado.
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