Sunday, March 19, 2006

Lisboa, fados vários...

Oyé!

Miguel Coelho é de novo presidente (relegitimado presidente) do PS-Lisboa. Como diz a minha mãe: «Tudo na mesma como a lesma». Não sei se entendem o adágio. A lesma está nele por ser lenta, por mais nada. As mudanças no PS-Lisboa também. Olivais impôs a sua lei. Rosa do Egipto também. Foi uma votação baixinha (62% de votos recolhidos em 35% de militantes que votaram dá qualquer coisa como 22%... Ou seja: 913 votos para Coelho contra 528 em Coutinho.)
Noto que, na descrição que alguém da Concelhia fez aos jornalistas na véspera da votação, foram referidas ‘n’ tendências em presença, agregadas a cada uma das duas candidaturas: Miguel Coelho e Leonor Coutinho. Mas a nenhuma já se deu (a nenhuma já se dá?) a designação de «soaristas». Já os liquidaram? Já passaram à História? Pisgaram-se para outros barcos que agora «estão a dar»?

Oyé! (Versão 2)

Helena Lopes da Costa, toda a gente o sabe, é uma santanista de conversão recente. Antes era duranista. Antes era cavaquista. Agora é outra vez cavaquista. «Morou» no corredor à frente e muito próximo do «meu».
Vi o percurso. Mas ela é sobretudo anti-carmonista, anti-mendista.
Pois bem: Lopes da Costa vai enfrentar António Preto – o homem da mala (lembram-se?) – que continua a liderar eternamente a organização distrital de Lisboa do PSD.
Por isso, para não estragar consensos antes do tempo, esteve calada no Congresso do PSD neste fim-de-semana.

Há ou não há?

Por um lado dizem que Carmona Rodrigues foi a São Paulo ‘com’ a ministra da Cultura para ver bem como está instalado o Museu da Língua Portuguesa hoje inaugurado.
Por outro, dizem que os dois (o autarca e a ministra) vão cooperar para que o Rossio possa ser a Sede de um museu análogo em Portugal.
Mas finalmente a própria ministra diz que nada está em curso.
Complicado?
Ou apenas um problema de «louros»? O Português-língua que se lixe?! O que interessa é mesmo e só a política?

Maria Matos

No fim deste mês, após as obras, o Maria Matos retoma a programação, sob a direcção de Diogo Infante. A Casa Fernando Pessoa vai ter nova orientação pela mão de Francisco José Viegas.
Para quando algo que se pareça com uma política cultural que também abranja o São Jorge, o Teatro Taborda, o São Luís a sério, etc.?
E já agora: para quando algo que se pareça com um rumo para o Pavilhão Carlos Lopes (Pavilhão dos Desportos)?

Por que raio?

Alguém me explica por que raio continua fechada e a degradar-se no Bairro do Armador uma escola infantil de trânsito de ar livre?
De cada vez que se passa ali, é uma dor de alma. Mas não se sabe de ninguém que explique nem de ninguém que tome uma medidazinha simples: pô-la a funcionar. Qualquer dia é arrasada e ali nascerá um novo prédio de apartamentos. Isso é mais do que certo.

Divirta-se!

Eis as ofertas do «lisboalisboa» (sem desprimor para tantas outras iniciativas aí disponíveis):
- Pode um ministério deixar de ser um sítio chato, frio, desumanizado? Pode. Nas Finanças, já isso se faz há muito: exposições de acesso livre. Agora na Economia vai começar tudo com uma exposição de fotos de cinco artistas. Palácio da Horta Seca, ao Camões. Durante a semana, das 5 às 8.
- No Pavilhão da FIL, Parque das Nações: Bienal de Antiguidades. Até dia 26. Ao lado: feira do livro antigo. E ainda uma mostra de automóveis antigos. De segunda a sexta, das 18 às 24; ao fim-de-semana, das 16 às 24.
- Saramago, ópera «Don Giovanni». No São Carlos, em estreia absoluta. Até 24 de Março.

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