Friday, August 31, 2007

D. Pedro IV ainda mexe...

Press-Release
Fundação D. Pedro IV
continua a perseguir
moradores das Amendoeiras

«A Comissão de Moradores do IGAPHE do Bairro das
Amendoeiras informa que os elementos da comissão foram
constituídos arguidos no inquérito nº4396/06.2TDLSB,
fruto de uma queixa-crima movida pela Fundação D. Pedro
IV e pelo seu presidente Eng. Canto Moniz e que serão
interrogados amanhã, dia 31 de Agosto, a partir das 14
horas.
A queixa crime visa os elementos da Comissão de
Moradores acusando-os de difamação e de porem em
causa “a credibilidade, prestígio, o bom-nome e a imagem
quer da Fundação quer do ofendido Vasco Canto Moniz.”
Os moradores sentem-se mais uma vez perseguidos e alvo
do terrorismo social perpetrado por uma instituição cuja
extinção foi proposta por Inspectores da Segurança Social
e pelo seu presidente, cujo nome está envolvido num
processo de inquérito da Inspecção das Obras Públicas.
Os moradores consideram que apenas estão a defender e
reivindicar os seus direitos, cumprindo as leis do Estado de
Direito, e que a actuação da Fundação foi claramente
condenada e punida com a aprovação por unanimidade de
uma resolução na Assembleia da República visando a
retirada do património.»
Comissão de Moradores do IGAPHE
Bairro das Amendoeiras

3 comments:

egaspar said...

Como cidadão sinto-me indignado com facto desta famigerada Fundação D. Pedro IV ainda estar “viva” e, pelos vistos, a “mexer-se” no sentido de, ainda por cima, vingar-se daqueles que, através da sua luta, conseguiram que, na Assembleia da República, no dia 21 de Junho passado, fosse votada, por unanimidade, a Resolução que recomendou ao Governo a reversão para o Estado do património habitacional dos bairros dos Lóios e das Amendoeiras.

Na altura, a Direcção da Associação Tempo de Mudar para Desenvolvimento do Bairro dos Lóios – ATM / IPSS emitiu um comunicado de imprensa com o título “INQUILINOS DO IGAPHE DOS LÓIOS E DAS AMENDOEIRAS CONQUISTARAM MEIA VITÓRIA!” no qual se pôde ler “ […] os locatários do IGAPHE dos bairros dos Lóios e das Amendoeiras assistiram hoje à aprovação, por unanimidade, na Assembleia da República o ponto n.º 2 do Projecto de Resolução n.º 210/X, apresentado pelo Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português – PCP, ou seja, “A reversão para o Estado do património do IGAPHE transferido para a Fundação D. Pedro IV com salvaguarda dos direitos legítimos dos respectivos moradores.” A ATM lamenta que o Grupo Parlamentar Partido Socialista tenha votado contra outros pontos da mesma Resolução que reputamos da maior importância e justiça como, por exemplo, o n.º 1 “A extinção da Fundação Dom Pedro IV e a destituição dos seus Corpos Gerentes, de acordo com as recomendações do Relatório apresentado em 21 de Junho de 2000 pela Inspecção-Geral do Ministério do Trabalho e da Solidariedade”; o n.º 3 “A integração dos demais bens pertencentes à Fundação noutra instituição ou serviço, a designar pelo Governo, que esteja em condições de garantir a prestação dos serviços de acção social a seu cargo”; o n.º 4 “A realização das diligências necessárias para o apuramento de todas as responsabilidades civis e criminais relacionadas com ilegalidades cometidas em nome da Fundação D. Pedro IV e com o respectivo encobrimento.” […] / […]

Houve quem não só não tenha apreciado o comunicado acima citado, como o tenha classificado de infeliz e até (pasme-se!) chegado ao ponto de insinuar (agitando o “papão” de outros tempos) que ATM estava manobrada por uma certa e determinada força política.

Os factos, ora conhecidos, estão aí a provar, à saciedade, que, afinal de contas, todos aqueles que criticaram o aludido sentido de voto do Grupo Parlamentar do Partido Socialista na A.R., no dia 21 de Junho passado, tinham toda a razão em tais observações.

Seria interessante, agora, saber-se o que pensam certos dirigentes do PS sobre esta atitude persecutória e revanchista do Sr. Canto Moniz e da sua famigerada Fundação D. Pedro IV (?!...).

Os moradores dos bairros dos Lóios e das Amendoeiras, tal como outros cidadão atentos e informados, esses, não deixarão, estamos certos disso, de saber tirar destes factos as devidas e necessárias ilações políticas, bem como, irão estar unidos e dispostos a continuar a sua luta na defesa dos seus legítimos representantes, pela aplicação da justiça (em conformidade com os princípios e valores duma sociedade democrática e de um Estado de direito em que vivemos e queremos continuar a viver) e pelo seu direito habitação.

LÓIOS E AMENDOEIRAS, JUNTOS, VENCERÃO!

A LUTA CONTINUA!

ABAIXO A CORRUPÇÃO!

VIVA A CIDADANIA!

Eduardo Gaspar
(Dirigente Associativo)

egaspar said...

Como cidadão de um Estado de Direito, interrogo-me (interrogamo-nos todos!?) sobre o motivo que impede o Governo do Partido Socialista de mandar prosseguir com as investigações / conclusões do Relatório-Processo 75/96- "Averiguações à Fundação D. Pedro IV” - O Relatório que propunha a extinção da Fundação e que foi ignorado pelo juiz Simões de Almeida?!...

Aproveito para expressar a minha solidariedade a todos os elementos da Comissão de Moradores do Bairros das Amendoeiras.

Eduardo Gaspar
(Dirigente Associativo)

Anonymous said...

Qualquer cidadão, minimamente informado, ou seja, todo aquele que, através de alguns jornais credíveis, leu tudo aquilo que foi publicado ou, mais recentemente, através do programa do Canal 1 da Rádio Televisão de Portugal – “Grande Reportagem” acompanhou as conclusões da investigação jornalística sobre a Fundação D. Pedro IV, sente-se, naturalmente, defraudado nas suas legítimas expectativas relativamente à justiça deste País e ao Estado de Direito Democrático em que vivemos.

Depois de tudo quanto ficou provado, nomeadamente, através de afirmações / contradições do próprio presidente da referida fundação no programa televisivo acima referido, um fulano que deveria estar a ser investigado ou julgado, uma fundação que já deveria estar extinta, ainda se dá ao “luxo” de instaurar processos criminais a outros cidadãos que mais não fizeram senão tirar das informações, dos factos e, sobretudo, das acções contra os próprios perpetradas, as devidas ilações e pelo facto de terem exercido, designadamente, o seu direito à indignação em conformidade com as regras legalmente previstas.

Será que o dito cujo presidente da Fundação D. Pedro IV terá coragem para processar os cidadãos e uma certa personalidade pública que, no referido programa da RTP, proferiu declarações sobre algumas das suas “habilidades”?!

Será que o presidente da famigerada fundação já pensou em processar-se, a ele mesmo, pelas muitas afirmações contraditórias e patéticas que proferiu no citado programa televisivo e, ao longo do tempo, noutros órgãos da comunicação social?!

O Sr. Presidente da Fundação D. Pedro IV quer travar mais uma batalha, ele pode estar certo que vai ter pela frente uma grande guerra!...