Friday, March 30, 2007

Lisboa: todas as peças da Lusa sobre Santana ontem

Ainda Santana Lopes ontem no Nicola

1.
Lisboa: Santana defende "rescisões" de funcionários municipais para reduzir dívida

O deputado social-democrata e antigo
presidente da Câmara de Lisboa Pedro Santana Lopes defendeu quinta-
feira que a redução dos custos da autarquia lisboeta deveria passar
pela “rescisão amigável de alguns vínculos laborais”.
“Reduzir custos tem que passar pela concessão a privados de
serviços e pela rescisão amigável de alguns vínculos laborais”, disse
Pedro Santana Lopes, numa conferência dedicada aos “problemas de
Lisboa”, no Café Nicola.
O antigo autarca da capital referiu que as despesas com os
funcionários municipais significam um gasto anual de 400 milhões de
euros.
Santana Lopes recusou responsabilidades no passivo da Câmara,
adiantando que quando iniciou funções a autarquia tinha um passivo de
900 milhões de euros (actualmente é de cerca de mil milhões de euros).
“A Câmara não deve mais do que devia quando assumimos funções”,
disse, referindo que encomendou uma auditoria financeira à autarquia
quando iniciou o seu mandato.
Segundo Santana Lopes, “só entre 1998 e 2001 a Câmara endividou-
se em 487 milhões de euros”.
“Não estou a dizer que fizeram isto porque são maus”, disse o
antigo autarca, referindo-se aos mandatos de coligação PS/PCP,
sublinhando que esses executivos “tiveram que enfrentar desafios como
a erradicação das barracas”.
O deputado social-democrata sublinhou que quando iniciou o seu
mandato “a capacidade de endividamento da Câmara estava esgotada”.
“Não posso andar com um cartaz a dizer ‘não fui eu’”, ironizou.
“Goebbels [ministro da Propaganda de Hitler] tem muitos
seguidores que pensam que se repetirem muito uma mentira ela se torna
verdade”, acrescentou.
Questionado sobre se apresentaria a demissão por causa da crise
política que assolou a autarquia, devido aos casos Bragaparques e de
atribuição de prémios da Epul, Santana Lopes respondeu que esse é um
juízo que só o actual presidente, Carmona Rodrigues pode fazer.
“Se diz que tem condições para governar a Câmara. O juízo é dele
em primeiro lugar”, afirmou, acrescentando a necessidade uma maioria
para Carmona Rodrigues governar.
“Agora houve uma mudança no CDS”, adiantou, referindo-se à
renúncia ao mandato de Maria José Nogueira Pinto, que será substituída
por Miguel Anacoreta Correia.
Sobre os problemas da cidade, Pedro Santana Lopes destacou o
despovoamento.
“A grande chaga de Lisboa é esse êxodo, que levou à perda de uma
quarto da população nos últimos 20 anos”, disse, acrescentando que “o
desafio continua o mesmo: repovoar e reabilitar”.
O antigo autarca sublinhou ainda a importância da cidade aumentar
a sua “competitividade”, como “destino turístico e de investimento”.
Santana Lopes referiu ainda a “competitividade no plano cultural
e artístico”, para a qual contribuem projectos como o do Parque Mayer,
uma das suas bandeiras eleitorais quando se candidatou à autarquia.
O deputado frisou ainda a “aposta numa rede de transportes
públicos e a criação de uma Autoridade Metropolitana dos Transportes”.
Santana Lopes defendeu igualmente uma “política de bairros”,
segundo a qual “para diminuir as deslocações é fundamental que cada
bairro tenha os equipamentos necessários” como centros de saúde,
piscinas e escolas, entre outros.
“Para fazer cidade é preciso decidir, ter mau feitio, ser
persistente e ter capacidade para empurrar uma máquina muito pesada”,
disse o antigo líder do PSD.
Santana Lopes afirmou ter ainda o “vício” da cidade de Lisboa: “O
vício de se gostar de Lisboa não passa”.

ACL.



2.
Lisboa/Bragaparques: Helena Lopes da Costa depôs quinta-feira, Santana ainda não


A deputada do PSD e antiga vereadora da Câmara de Lisboa Helena Lopes da Costa depôs quinta-feira como testemunha no âmbito do caso Bragaparques, disse a própria à Agência Lusa.
O parlamento aprovou quinta-feira passada por unanimidade os pareceres da Comissão de Ética a autorizar os deputados Pedro Santana Lopes (antigo presidente da Câmara), Helena Lopes da Costa e Vasco Franco (ex-vereador socialista na autarquia) a prestar depoimento como testemunhas no âmbito do processo Bragaparques.
"Depus esta tarde [quinta-feira]", disse à Lusa Helena Lopes da Costa, à margem de uma conferência no Café Nicola, com Pedro Santana Lopes, sobre "os problemas de Lisboa".
Sobre esse depoimento, a deputada social-democrata, que detinha o pelouro do Património em Lisboa no anterior mandato autárquico, adiantou apenas que "correu tudo bem".
O deputado social-democrata e ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Pedro Santana Lopes, referiu aos jornalistas que ainda não prestou depoimento no âmbito do mesmo caso.
No início do mês, o Ministério Público pediu à Assembleia da República o levantamento da imunidade parlamentar dos deputados Pedro Santana Lopes, Helena Lopes da Costa e Vasco Franco para serem ouvidos como testemunhas no processo BragaParques.
Dias depois, Santana Lopes e Helena Lopes da Costa manifestaram-se disponíveis para testemunhar.
O caso BragaParques, que envolve a permuta de terrenos do Parque Mayer e da Feira Popular, abriu uma crise política no município de Lisboa, que levou a vereadora com o pelouro do urbanismo, Gabriela Seara, entretanto constituída arguida, a suspender o mandato.

ACL/VAM.



3.
Ota:Santana Lopes defende ampliação da Portela e abertura ao tráfego civil de Monte Real



O deputado social-democrata e antigo
primeiro-ministro Pedro Santana Lopes defendeu quinta-feira a
ampliação do aeroporto da Portela e a abertura ao tráfego civil de
Monte Real, considerando que falta provar a necessidade de construção
do aeroporto da Ota.
“Acho que para Portugal a opção adequada era a ampliação da
Portela, abrir Monte Real [aeroporto militar] para servir a zona de
Fátima, Coimbra e Figueira da Foz, e o aeroporto de Faro e de Beja, no
eixo Sines-Madrid”, disse Santana Lopes, numa conferência sobre “os
problemas de Lisboa”, no Café Nicola.
“Ou me dão elementos, que ainda não existem, ou não sou favorável
à Ota”, acrescentou.
O deputado social-democrata aludiu ao debate mensal no
Parlamento, realizado a 21 de Março, no qual o primeiro-ministro José
Sócrates citou Santana Lopes quando este disse, enquanto chefe do
executivo, que a abertura de Monte Real ao tráfego aéreo civil, "em
nada implicará o retrocesso no aeroporto da Ota".
Santana Lopes reiterou que enquanto presidente da Comissão da
Região Centro, quando era autarca da Figueira da Foz, defendeu que o
aeroporto da Ota era uma opção mais favorável à região Centro do que a
localização em Rio Frio.
“A questão é prévia: precisamos de um grande novo aeroporto
internacional?”, perguntou.
“Ainda têm que me provar que o aeroporto daqui [Portela] não
serve”, sublinhou.

ACL.


4.
Santana Lopes garante que túnel do Marquês é "o mais seguro" da cidade


O deputado social-democrata e antigo
presidente da Câmara de Lisboa Pedro Santana Lopes congratulou-se
quinta-feira pela abertura do túnel do Marquês, considerando que é “o
mais seguro de Lisboa”.
“É o túnel mais seguro de Lisboa. Não tenho dúvidas em afirmá-
lo”, disse Pedro Santana Lopes numa conferência sobre “os problemas de
Lisboa”, no Café Nicola.
O antigo autarca da capital, que elegeu a construção daquela
infra-estrutura como bandeira eleitoral quando se candidatou à Câmara,
em 2001, justificou a sua opinião com as condições de segurança do
túnel do Marquês, ao nível de detecção de incêndios, níveis de gases e
fuga em caso de acidente.
“Será o túnel mais seguro, não vou dizer da Europa, mas quase”,
afirmou, acrescentando que “os [túneis] da Avenida da República têm
todos uma inclinação superior ao do Marquês”.
Santana Lopes explicou que “o túnel do Marquês não foi um
projecto isolado”, mas inseriu-se numa política de mobilidade de
“desnivelamento” que defendeu para a capital.
No âmbito dessa política, foram construídos outros túneis, como
da Avenida Infante D. Henrique e do Rêgo, acrescentou.
“Com mais um mandato tínhamos condições para se circular em
Lisboa sem andar à superfície, libertando espaço para os peões e os
transportes públicos”, sustentou.
Santana Lopes recordou que defendeu o desnivelamento “desde as
Amoreiras até ao Campo Grande”.
O vereador das Obras Municipais na Câmara Municipal de Lisboa,
Pedro Feist, visita hoje o Túnel do Marquês para verificar no local a
obra antes de ser entregue à autarquia, o que deverá acontecer até
sábado.
“Como a obra deverá ser entregue 31 de Março, o vereador vai ao
local atestar se está tudo bem, dando especial enfoque à questão da
segurança no Túnel do Marquês”, disse hoje à agência Lusa uma fonte do
gabinete de Pedro Feist.
A fonte adiantou que já foram realizados alguns testes de
ventilação no túnel, mas avançou que os testes com veículos só começam
depois da obra ser entregue à autarquia.
Questionada sobre a abertura do túnel ao público, a mesma fonte
sublinhou que “só abrirá quando as questões de segurança estiverem
asseguradas”.
No entanto, o presidente da Câmara de Lisboa já avançou que o
túnel abrirá em Abril, cerca de dois anos e meio depois do prazo
previsto.
Para informar a população sobre a abertura do túnel do Marquês –
com uma extensão de 1.750 metros entre a entrada das Amoreiras e a
saída da Avenida António Augusto Aguiar – a autarquia está a preparar
um folheto, que fala da importância da obra em termos de
descongestionamento de trânsito à superfície.
A Câmara de Lisboa estima que o túnel, que terá três entradas e
cinco saídas, irá permitir retirar da superfície cerca 50 mil
veículos.
Segundo a fonte da autarquia, a velocidade no túnel será de 50
quilómetros por hora, o limite de velocidade permitido dentro das
cidades.
O túnel abrirá em Abril, à excepção da saída para a Avenida
António Augusto Aguiar, que está dependente das obras do Metropolitano
de Lisboa.
A rampa de saída para a Avenida António Augusto de Aguiar só
poderá abrir depois de o Metropolitano de Lisboa realizar as obras de
reparação das fissuras no troço do túnel que passa junto à galeria da
Linha Amarela do Metro, sob a Avenida Fontes Pereira de Melo.
"Só depois dessas obras é que podemos concluir a ligação do ramal
para a Avenida António Augusto de Aguiar", sustentou na altura o
autarca.
A conclusão do túnel, que começou a ser construído em Agosto de
2003, representa um atraso de mais de dois anos face à data
inicialmente prevista, final de 2004.
Em 2004, uma providência cautelar interposta por José Sá
Fernandes, actual vereador do Bloco de Esquerda na Câmara de Lisboa,
obrigou a uma paragem dos trabalhos durante sete meses.
A Câmara de Lisboa adjudicou a obra em 2003 por ajuste directo à
Construtora do Tâmega por 18,749 milhões de euros.

ACL/HN.

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