Monday, June 05, 2006

Serviços de Urgências dos Centros de Saúde de Lisboa

É este o texto da Nota divulgada pela CDU:

Encerramento de SAPs prejudica populações de Lisboa
Em defesa dos «serviços de urgência» dos Centros de Saúde de Lisboa

Foi divulgado pela imprensa que os centros de saúde de Lisboa e de outros pontos da Área Metropolitana vão atender doentes apenas das 8 às 20 horas.
O PCP manifesta-se solidário para com as populações afectadas
e contra esta medida errada do Governo.

Pelo que foi anunciado, deixariam de funcionar os Serviços de Atendimento Permanente que tanto apoio têm dado às populações. Ficariam em Lisboa sem serviços de urgência pelo menos os seguintes Centros de Saúde: Ajuda, Alameda, Alcântara, Benfica, Graça, Lapa, Lumiar, Luz Soriano, Marvila, Olivais, Penha de Franca, São João, Sete Rios, Santo Condestável.
Isto equivale a dizer que muitos milhares de cidadãos ficariam sem acesso às urgências do seu Centro de Saúde após as 20 horas, devendo recorrer aos hospitais.
Essa decisão, se e quando for implementada pelo Governo, vai trazer de imediato várias consequências negativas para os cidadãos residentes e para os que trabalham na Cidade de Lisboa, sobretudo, como sempre, para os mais desfavorecidos.
São elas:
· Maior afastamento dos serviços de saúde essenciais em relação aos utentes, numa linha que infelizmente este Governo vem trilhando de forma cada vez mais ostensiva;
· Maior carga de taxas moderadoras exactamente sobre as populações mais carenciadas;
· Pior ainda em casos em que, por circunstâncias várias, a sua condição de saúde não seja reconhecida como sendo de urgência no hospital, o que acarretará maior taxa ainda, até porque o Governo alterou previamente a legislação relativa ao acesso aos serviços de urgência…;
· Maior carência dos cidadãos em relação aos cuidados de saúde mais básicos – o que se vem agravando desde o ano passado, pela acção sistemática deste Governo, que, desta forma, está de facto e objectivamente a implementar as políticas de restrição contra os que menos podem, numa linha economicista e financista muito preocupante;
· Pior saúde para os cidadãos, os quais, deste modo, cada vez dispõem de menos recursos e de menor leque de escolhas, uma vez que os hospitais ficam mais longe, as filas de acesso aos serviços de urgência dos hospitais são o que se sabe, e as pessoas vão desistir cada vez mais de recorrer a esses serviços de urgência, dada a probabilidade de terem pela frente várias horas e muitas preocupações. Por isso, os cuidados de saúde passam à categoria de bem quase de luxo e forçadamente dispensável – mesmo que, objectivamente em situação de urgência, o que não deixará evidentemente de ter consequências sérias, sobretudo na população mais idosa, que é também a mais debilitada, a mais frágil e, simultaneamente, a mais desprovida de meios alternativos.

Perante este cenário, o PCP manifesta a sua total solidariedade para com as populações afectadas, sobretudo aquelas a quem mais vai prejudicar uma tal medida e manifesta o seu total condenação desta decisão governamental, mais uma a deixar claro que o PS está a levar à prática, em áreas muito sensíveis, a política da direita e que a direita nunca teve nem teria hoje condições para implementar.

1 comment:

Anonymous said...

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