Monday, June 12, 2006

Manifesto para a criação de um Movimento pela Recuperação da Casa do Alentejo

Manifesto

Hoje, dia 10 de Junho, dia dos 83 anos, os órgãos sociais da Casa do Alentejo apresentam publicamente o Movimento para a Recuperação da Casa do Alentejo, a nossa Sede.

Trata-se de um palácio seiscentista, que foi residência dos viscondes de Alverca (Pães do Amaral), uma construção resistente que sobreviveu ao Terramoto de 1755.
O edifício, cujo estado de conservação é cada vez mais preocupante, é muito valioso e já beneficia do estatuto de Edifício de Interesse Público, com o seu famoso Pátio Árabe, o Salão dos Espelhos (estilo Luís XVI), o Salão neo-renascentista (ornado com pinturas românticas), os seus painéis de azulejo (alguns dos quais em azul e branco, ao gosto do século XVII), e ainda a Biblioteca e a Sala de Exposição Permanente.

É urgente a reabilitação do Palácio e, para isso, são necessários apoios significativos.
Mas os apoios reais escasseiam, por enquanto. O Movimento terá como função, também, a dinamização do processo de obtenção de fundos públicos de várias origens e privados.

É por todos aceite que o associativismo e a cooperação são das maiores e mais importantes formas de solidariedade da vida moderna, juntamente com a cooperação que visa a articulação de meios para uma sociedade plural nas suas várias expressões – recreativa, artística, cultural etc.. Na Casa do Alentejo, usamos a defesa e promoção dos saberes locais e regionais para ampliar a solidariedade. É por todos sabido que a Casa do Alentejo desempenha há décadas esse papel com especial envolvimento da Região que representa.

Importante legado histórico, a Sede da Casa do Alentejo é uma base de promoção e de dinamização de centenas e centenas de iniciativas de vocação regional e regionalista mas, muito para lá disso, iniciativas também de carácter diversificado e amplo.

Esse património edificado, que foi criado, desenvolvido e mantido pela Casa do Alentejo, consubstanciado na sua Sede, na Rua das Portas de Santo Antão, em Lisboa, está classificado como Edifício de Interesse Público.

Nestas circunstâncias, os promotores deste Movimento – os órgãos sociais da Casa do Alentejo – entendem que há toda a justificação para que esta recuperação deva ser decididamente apoiada pelas entidades públicas e privadas, as diversas instituições governamentais, as câmaras municipais de Lisboa e Área Metropolitana e as do Alentejo, bem como a banca e outras empresas privadas.

Há numerosas entidades e personalidades de origem alentejana, muitas delas fortemente ligadas à vida pública e aos meios de comunicação social. De todos precisamos para dar maior visibilidade ao nosso Movimento e preparar o caminho para obtermos a necessária cooperação e as urgentes contribuições.

Apelamos a todos os interessados para que se juntem a este Movimento, a fim de se dinamizarem iniciativas de alcance público e visibilidade mediática para se obterem os meios necessários para concretizar o nosso objectivo final principal: a recuperação do edifício Sede da Casa do Alentejo.

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