Gina Pereira («Jornal de Notícias»):
Obras no Castelo paradas por falta de pagamento
Reabilitação de edifícios na freguesia dura há 10 anos e cerca de uma centena de moradores está fora do bairro
Duas das empreitadas de reabilitação que a Câmara de Lisboa (CML) tem em curso em vários edifícios de habitação no bairro do Castelo estão paradas, há cerca de uma semana, por falta de pagamento aos empreiteiros. O município confirma a suspensão dos trabalhos e garante que está a tentar "desbloquear a situação". Mas o presidente da junta de freguesia, Carlos Lima, está preocupado com mais este atraso, numa intervenção que já se arrasta há dez anos e sem prazo para conclusão.
"Fartos de obras no Castelo estamos nós", desabafou, ao JN, o autarca, mostrando-se surpreendido com o facto dos empreiteiros terem parado as obras. Embora não tenha sido oficialmente informado da decisão, Carlos Lima apercebeu-se da paralisação, visto que os edifícios em causa se situam muito perto da sede da junta de freguesia. "Não há movimento nenhum e não é visível nenhuma evolução", disse, explicando que já conversou sobre o caso com a vereadora Gabriela Seara, responsável pela Reabilitação Urbana no município.
Contactado pelo JN, o gabinete da vereadora confirmou a suspensão das obras por parte dos empreiteiros, por falta de pagamento, e garantiu que o município está a tentar "desbloquear a situação", sem, contudo, avançar uma data para a sua resolução.
Em causa está a reabilitação dos edifícios 28 a 36 na Rua do Recolhimento - um dos maiores da freguesia, com cerca de 20 fogos, e que deveria ter estado pronto em Outubro -, a cargo da empresa Soares da Costa, e a de um conjunto de edifícios situados na mesma rua, do 37 ao 39 e do 41 ao 43. Segundo a câmara, no primeiro caso o edifício está em fase de acabamentos, enquanto no segundo decorrem trabalhos de estruturas e colocação de redes de abastecimento, Ontem à tarde, não se via vivalma em nenhuma das obras e os sinais de trânsito avisando para a existência de "máquinas em manobras" não pareciam fazer qualquer sentido.
Carlos Lima adianta que, nesta altura, há cerca de uma centena de pessoas a viver fora de suas casas, a expensas da câmara municipal, algumas já há dez anos, desde que arrancou esta operação de reabilitação. Neste momento, ainda falta reabilitar cerca de um terço do bairro, operação que, a este ritmo, não sabe quando poderá estar concluída.
In ‘JN’
Autores: GINA PEREIRA JOSÉ ANTÓNIO DOMINGUES
Escola no Campo Grande
Mais, dos mesmos:
Escola no Campo Grande: arraial para arranjar recreio:
http://jn.sapo.pt/2006/06/15/sul/pais_fazem_arraial_para_arranjar_rec.html
in ‘JN’
Autores: GINA PEREIRA JOSÉ ANTÓNIO DOMINGUES
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