Por sugestão de um amigo (VS), aí vai divulgação científica, com créditos de garantia e tudo (tentei pôr tudo em português de Portugal, mas pode ter escapado alguma...):
Próstata
O cancro da próstata é uma doença que pode surgir com o envelhecimento do homem, a partir dos 40 anos. À medida que o homem vai envelhecendo, a incidência dessa doença vai aumentando. Quanto mais cedo essa doença atinge o indivíduo, mais grave, ela será. Quanto mais tarde se fizer o diagnóstico, mais difícil será a cura. Nos Estados Unidos, é o câncer mais diagnosticado em homens e a segunda causa principal de todas as mortes por câncer. No Brasil, apesar das estatísticas não serem muitos fiéis, já caminha para a primeira causa. Neste texto, a Unimed preparou orientações básicas sobre a doença para você ler, se informar e saber como buscar o diagnóstico precoce e o tratamento correcto. Assim, você poderá se precaver ou se tratar, resultando na melhoria da qualidade de vida para você e sua família.
O que é a próstata
A próstata é um pequeno órgão situado logo abaixo da bexiga, em forma de uma castanha portuguesa, atravessada pela uretra. Só os homens possuem próstata e o seu desenvolvimento é estimulado pela testosterona, o hormônio sexual masculino produzido pelos testículos.
Para que serve a próstata
A próstata é um órgão glandular que produz uma substância que, juntamente com a secreção da vesícula seminal e os espermatozóides produzidos nos testículos, vai formar o sémen ou esperma. Sem o líquido produzido pela próstata, os espermatozóides não viveriam até atingir o óvulo no momento da fecundação. Além de conferir proteção, contém alimentos para o espermatozóide, na sua longa caminhada ao encontro do óvulo.
As doenças que ocorrem na próstata
A próstata, ao contrário do que se pensa, é sede de um grande número de doenças que atingem o homem desde a adolescência até a velhice.
Prostatite
Trata-se de uma infecção que chega a próstata, na maioria das vezes pela uretra, algum tempo após uma uretrite purulente ou não, podendo também vir pelo sangue de um outro foco infeccioso que está à distância. Uma sinusite, por exemplo.
Sintomas - Os sintomas podem vir desde uma sensação de queimação da uretra, até dor dos mais variados graus na região entre o ânus e o escroto, seguida ou não de febre e mal-estar.
Tumor benigno da próstata
Também conhecido como adenoma de próstata, é a doença que mais incide na próstata. Consiste em um crescimento das glândulas prostáticas e, consequentemente, de toda a próstata, como a próstata é atravessada pela uretra, esta passa a ser comprimida, dificultando a passagem da urina.
Sintomas:
- O jacto urinário vai se tornando cada vez mais fraco e fino.
- A pessoa urina muitas vezes durante a noite.
- Após urinar, logo sente vontade de urinar de novo, e urina mais um pouco.
- Às vezes, após urinar, sente que ainda ficou com urina na bexiga.
- Pode sentir forte vontade e ter que sair correndo para urinar, podendo até fazer na roupa ou na cama.
Tumor maligno da próstata
O grande problema é que, na grande maioria das vezes, o câncer de próstata, na sua fase inicial, não apresenta nenhum sintoma. Numa fase adiantada, começará a obstruir a urina, como ocorre com o tumor benigno, mas o tratamento curativo já é mais difícil. Trabalhos já mostraram que em autópsias realizadas em 100 indivíduos de 40 a 50 anos que vieram a falecer de várias causas, 4 deles eram portadores de câncer da próstata, sem nunca terem se queixado de qualquer sintoma. O tumor maligno da próstata pode estar associado ao tumor benigno, logo, os sintomas podem ser os mesmos.
Disseminação - O cancro da próstata, quando avança, pode se disseminar (espalhar-se) pelo corpo, vindo a atingir outros órgãos, e principalmente os ossos. Uma dor na coluna vertebral num indivíduo na idade de risco pode ser até uma disseminação do tumor. Pode também atingir as costelas, bacia, fêmures, etc. muitas vezes o indivíduo tem uma fractura espontânea do fémur, sem qualquer trauma, o que poderá ser uma fractura patológica, provocada pela disseminação do tumor.
Exames Preventivos
Toque rectal - O indivíduo do sexo masculino, a partir dos 40 anos, deve realizar o exame de toque rectal pelo menos uma vez por ano. Neste exame, o médico pesquisa o tamanho, consistência, pontos endurecidos dolorosos e mobilidade. O recto é a única via natural de acesso por ter sua parede intimamente ligada à próstata. O grande problema é que os latinos, de um modo geral, têm grande preconceito com esse exame. No exército americano se dá tanta importância ao exame que o militar é obrigado a se submeter a partir dos 35 anos. Este toque serve para se fazer o diagnóstico precoce do tumor, mesmo quando não há sintomatologia, o que, na maioria das vezes, após tratamento cirúrgico, leva à cura.
PSA - Significa antígeno prostático específico", e é medido através do sangue do indivíduo. Trata-se de um antígeno específico da próstata, podendo estar normal ou aumentado tanto no adenoma benigno da próstata quanto no câncer da próstata, sendo que neste último, na maioria das vezes, está aumentado. Logo, o PSA por si só, sem o toque rectal, não elimina a possibilidade do câncer.
Tratamento
Em casos iniciais, isto é, quando o tumor ainda está na próstata, o tratamento é cirúrgico. Faz-se a retirada de toda a próstata, o que, na maioria das vezes, é curativo. Quando o tumor deixa a próstata, faz-se um tratamento à base de horm6onios, chamado quimioterapia hormomnal, com a finalidade de antagonizar os efeitos da testosterona. em outros casos, pode-se fazer radioterapia, associada ou não aos outros tratamentos anteriores.
Os demais exames como ultra-sonografia e outros mais sofisticados ficam a critério médico, caso necessite de mais informações. Porém, é importante lembrar que o exame de toque rectal é insubstituível.
Créditos
Coordenação: Dr. Jhoson Gouvêa
Texto: Carlos Henrique Gobbi
Ilustrações: Celso Pavezi
Produção: Criativa Propaganda
Equipe UNIMED: Dra. Ana Maria Ramos, Dr. Celso Ricardo Emerich de Abreu, Dra. Eliane Mara dos Reis Cintra, Dr. Elton Francisco Nunes Baptista, Dr. Felipe José Granja Moysés, Dr. Fernando Antônio Furieri, Dr. Fernando Ronchi, Dr. Henrique Zacharias Borges Filho, Dr. Marcos Ceccato, Dra. Maria Angélica Carvalho Andrade, Dra Maria da Penha Zago Gomes, Dra. Maria Inez Caser França, Dr. Milton Octávio Costa, Dr. Renato Lírio Morelato, Dra. Sueli Ramos de Oliveira, Dra. Kátia Regina de Castro Santos Silva, Dra. Maria da Penha Guarçoni de Paula, Dr Ary Célio de Oliveira.
Realização: UNIMED - VITÓRIA ES
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