Errado uma vez, errado para sempre…
Rangel expõe a sua distância em relação às coisas da política efectiva em geral e do combate político em especial
Rangel, Emídio Rangel. Um nome cheio de comichão. E cheio de si mesmo. Analista, propagandista nato, publicista político do PS no poder, encartado de jornalista, cronista de coluna assinada no «Correio da Manhã» de todos os sábados. Entusiasta em tudo o que faz, mesmo que seja só escrever estes 2 500 caracteres para o «CM» semanalmente.
Já não é a primeira vez que os escritos de Rangel nesta coluna abusam da nossa inteligência. Rangel erra mas erra com tanta convicção que nem margem a que se possa pensar se o homem estará a pensar bem. É o seu truque especial…
Hoje, mais uma vez, coloca de pés no ar uma análise sobre sondagens que é de arrepiar. Para Rangel, tudo está bem quando acaba com ele a poder dizer que o PS vive no melhor dos mundos. Mas não vive. Nem no Governo nem sequer na campanha de Lisboa.
A avaliação de Sócrates vem-se degradando mesmo nas sondagens.
A sondagem mais favorável até hoje dá a Costa 36%. Carrilho teve 25 há 21 meses e nessa mesma data Carmona, que ganhou a CML, teve 42%.
Mas por acaso, a maioria das sondagens dão a Costa na casa dos 30 a 32%, o que é muito pouco. Mesmo muito pouco para quem vem de nº 2 do Governo.
Quanto à votação previsível da CDU (9,3%) na mesma sondagem (Aximage, «CM»), feita por telefonemas entre 18 e 20 de Junho, conclui Rangel de repente que «o PCP vê a cotação baixar para níveis nunca atingidos».
Primeira correcção: CDU em vez de PCP, já agora.
Segunda: Rangel não sabe estas coisas porque não estuda. Mas se soubesse ou estudasse, saberia que nas sondagens para Lisboa por norma os valores atribuídos à CDU são abaixo da votação real entre 2,6% e 4,8%. Em 2005, por exemplo, foram estes os valores de variação. Em Setembro/Outubro de 2005, nenhuma sondagem deu à CDU maior previsão de votação do que 7 a 8%. A CDU obteve nas urnas mito perto dos 11,5%.
Ou seja: se aplicarmos o mesmo padrão, deve até dizer-se que este ano, pelo contrário, a CDU está muito acima das médias das previsões que lhe são agregadas nas sondagens. E se quiser ser um pouco publicitário, direi mesmo que as sondagens estão a garantir à CDU algo próximo de valores entre os 12 e os 14%. O que será a sua melhor votação em Lisboa nos últimos anos.
Simples, meu caro Watson.
Rangel expõe a sua distância em relação às coisas da política efectiva em geral e do combate político em especial
Rangel, Emídio Rangel. Um nome cheio de comichão. E cheio de si mesmo. Analista, propagandista nato, publicista político do PS no poder, encartado de jornalista, cronista de coluna assinada no «Correio da Manhã» de todos os sábados. Entusiasta em tudo o que faz, mesmo que seja só escrever estes 2 500 caracteres para o «CM» semanalmente.
Já não é a primeira vez que os escritos de Rangel nesta coluna abusam da nossa inteligência. Rangel erra mas erra com tanta convicção que nem margem a que se possa pensar se o homem estará a pensar bem. É o seu truque especial…
Hoje, mais uma vez, coloca de pés no ar uma análise sobre sondagens que é de arrepiar. Para Rangel, tudo está bem quando acaba com ele a poder dizer que o PS vive no melhor dos mundos. Mas não vive. Nem no Governo nem sequer na campanha de Lisboa.
A avaliação de Sócrates vem-se degradando mesmo nas sondagens.
A sondagem mais favorável até hoje dá a Costa 36%. Carrilho teve 25 há 21 meses e nessa mesma data Carmona, que ganhou a CML, teve 42%.
Mas por acaso, a maioria das sondagens dão a Costa na casa dos 30 a 32%, o que é muito pouco. Mesmo muito pouco para quem vem de nº 2 do Governo.
Quanto à votação previsível da CDU (9,3%) na mesma sondagem (Aximage, «CM»), feita por telefonemas entre 18 e 20 de Junho, conclui Rangel de repente que «o PCP vê a cotação baixar para níveis nunca atingidos».
Primeira correcção: CDU em vez de PCP, já agora.
Segunda: Rangel não sabe estas coisas porque não estuda. Mas se soubesse ou estudasse, saberia que nas sondagens para Lisboa por norma os valores atribuídos à CDU são abaixo da votação real entre 2,6% e 4,8%. Em 2005, por exemplo, foram estes os valores de variação. Em Setembro/Outubro de 2005, nenhuma sondagem deu à CDU maior previsão de votação do que 7 a 8%. A CDU obteve nas urnas mito perto dos 11,5%.
Ou seja: se aplicarmos o mesmo padrão, deve até dizer-se que este ano, pelo contrário, a CDU está muito acima das médias das previsões que lhe são agregadas nas sondagens. E se quiser ser um pouco publicitário, direi mesmo que as sondagens estão a garantir à CDU algo próximo de valores entre os 12 e os 14%. O que será a sua melhor votação em Lisboa nos últimos anos.
Simples, meu caro Watson.
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