Monday, May 01, 2006

Lisboa: atropelamento de menina na Av. de Ceuta

Foi o seguinte o documento que Manuel João Ramnos me enviou:

«Carta ao Presidente da CML a propósito do atropelamento mortal da Rafaela, menina de 8 anos, na Av. Ceuta,

Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados para Presidente, gab.presidencia, Presidente, dps ...


Exmos. Senhores
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa
Vereadores da Câmara Municipal de Lisboa
Deputados Municipais de Lisboa
Directores Municipais da CML
Chefes de Divisão da CML
Chefes de Departamento da CML


Exmos. Senhores.

Como V. Exas. deverão já ter conhecimento, uma menina de 8 anos, de nome Rafaela, foi ontem atropelada mortalmente quando atravessava a Av. de Ceuta, numa passadeira.

Lamentavelmente, esta tragédia não é, nem para nós nem para V. Exas., nem para a maior parte dos lisboetas, surpreendente.

Esta era uma morte temida, mas esperada.

Dir-se-á: o motorista de táxi deveria ter circulado com precaução. Dir-se-á: é necessário colocar ali radares de controlo da velocidade e criar medidas de acalmia de tráfego.

Perguntamos nós: quem foram os políticos e os técnicos da autarquia de Lisboa responsáveis pela construção de duas urbanizações gémeas cortadas por uma via rápida com mais de 30 metros de largura?

E perguntamos nós ainda: será que os políticos e técnicos responsáveis pela gestão do trânsito da cidade dormiram tranquilamente até hoje, sem ter resolvido urgentemente a situação de absoluta insegurança dos peões que atravessam a Av. Ceuta?

É que não era necessário proceder a estudos de identificação de pontos negros. Os moradores da zona já tinham diversas vezes alertado a CML para o perigo daquela travessia. A ACA-M, na sua campanha “Vamos acabar com os pontos negros”, já tinha enviado requerimentos à CML, pedindo a resolução do problema.

É terrível constatar que as autoridades só costumam agir sobre os pontos negros que criam depois de alguém neles falecer e de a comunidade exprimir a sua comoção. Não deveria ser esta a postura dos políticos ou dos técnicos face aos cidadãos que se comprometeram servir.

Mas mais inaceitável é mesmo não agir imediatamente sobre uma situação de risco, para prevenir novas tragédias.

Por isso, quando faleceram duas jovens na Av. 24 de Julho, em Novembro passado, a ACA-M veio pedir celeridade na resolução de um problema criado pela autarquia, ao licenciar bares de divertimento nocturno nas bermas de uma via rápida.

Por isso, vimos hoje pedir assunção de responsabilidades, celeridade na busca de medidas provisórias e coerência na elaboração de medidas definitivas para a resolução do ponto negro que é a travessia entre os Bairros do Cabrinha e do Loureiro.

Neste sentido, vimos convidar V. Exas. a deslocarem-se connosco à Av. Ceuta para a atravessar – como peão – na passadeira fatídica, no dia 4 de Maio, às 11 horas, para ficar a conhecer o conjunto de propostas de acalmia de tráfego que pretendemos apresentar nesse dia, numa conferência de imprensa que iremos convocar para o local, e para depositar connosco uma coroa de flores nas imediações do local da tragédia.

Com os melhores cumprimentos

Manuel João Ramos
Direcção da ACA-M

Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados
Av. 5 Outubro, 142, 1º Dtº
1050-062 Lisboa
PORTUGAL
Tel.( +351)217801997
Fax: (+351)217801998
Mobile: (+351)919258585





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