Wednesday, May 03, 2006

Lisboa: 1. Mais duas análises dos 180 dias; 1. Ainda Helena Lopes da Costa

180 dias

«O BALANÇO DO FORUM CIDADANIA»
«O movimento de lisboetas Fórum Cidadania fez hoje um balanço negativo dos primeiros 180 dias de governação do Executivo da Câmara de Lisboa, destacando a demolição da casa do escritor Almeida Garrett.
No seguimento do balanço que o presidente da Câmara de Lisboa, António Carmona Rodrigues, fez terça-feira dos primeiros seis meses de mandato, o movimento de cidadãos lembra algumas medidas que foram anunciadas e não foram cumpridas.
"Fazemos um balanço negativo", disse à agência Paulo Ferrero, do Fórum Cidadania.
Para Paulo Ferrero, a única medida que fica para a "posteridade" é a demolição da casa de Almeida Garrett, em Campo de Ourique, que considera "inesquecível, indesmentível e imperdoável".
O movimento lembra, em comunicado, algumas medidas por cumprir, como o reforço dos 150 agentes nos quadros da Polícia Municipal e a criação de cinco mil lugares de estacionamento para residentes.
"Ter-se parques dissuasores significa ter-se parques de estacionamento fora de Lisboa, pelo que os parques nos estádios de Alvalade e da Luz e na Gare do Oriente, além de já existirem antes do anúncio das medidas, nada acrescentam em prol da mobilidade e da qualidade de vida em Lisboa", salienta o movimento.
O movimento acrescenta que "olhando o estado dos prédios à nossa volta, a sujidade das ruas, o estacionamento anárquico, as lojas na falência, o ruído, a poluição, as obras na via pública, as cargas e descargas durante o dia, etc., o balanço só pode ser negativo".»
Fonte: Lusa

«Os primeiros 180 dias de CR: fazemos balanço bem diferente»
«Para os picuínhas do costume, sugere-se a comparação do prometido em «Medidas a concretizar nos primeiros 180 dias da minha governação na CML», aquando do início do mandato, com a realidade, independentemente de muito do prometido não ser necessário, serem promessas de estudos, serem medidas administrativas, avisos de início de obras, ou concursos para empreitadas e obras a sério.
Independentemente disso, o balanço só pode ser feito de uma maneira: dedicando este fim-de-semana a um passeio pela cidade, da Ajuda a Marvila, do Lumiar à Baixa, para se ver que tudo (estado dos prédios, sujidade das ruas, estacionamento anárquico, lojas na falência, ruído, poluição, obras na via pública, cargas e descargas, etc.) está na mesma, senão pior.
Sim, pior, porque o 1º resultado prático dos primeiros 180 dias governação de CR para a posteridade é um e só um:
A DEMOLIÇÃO DA CASA DE ALMEIDA GARRETT.
E isso é inesquecível, indesmentível e imperdoável.»
PF / Cidadania LX

Helena Lopes da Costa

«EU TAMBÉM QUERO...»
«A Câmara Municipal de Lisboa, através da ex-vereadora Helena Lopes da Costa, arrendou à Tribuna da Memória-Multimédia, Unipessoal, LDA – ‘instituição’ que tem como único sócio o historiador José Freire Antunes – uma casa com duas frentes e vista para o Tejo, pelo “preço mensal especial” de 49,65 euros.
O protocolo de cedência de espaço municipal, situado a pouco mais de 80 metros do Palácio de Belém, foi assinado por Helena Lopes da Costa e José Freire Antunes – actualmente estão ambos na Assembleia da República, na bancada do PSD – no dia 1 de Junho de 2005 e não foi discutido em reunião de Câmara.
De acordo com um documento a que o CM teve acesso, a decisão teve a ver com o facto de a autarquia considerar “altamente meritório” o trabalho desenvolvido pelo Centro de História Contemporânea e Relações Internacionais, gerido pela Tribuna da Memória.
O aluguer de uma casa com pelo menos quatro assoalhadas é válido para os próximos 21 anos e o preço de 49,65 euros será actualizado anualmente de acordo com o coeficiente fixado pelo Instituto Nacional de Estatística para o sector imobiliário.
Se Freire Antunes tivesse de alugar uma casa no mesmo prédio, teria de desembolsar mais de 1000 euros por mês, montante que é pedido por uma agência para um T2, com 115 metros quadrados.

'CEDI MAIS DE 200 ESPAÇOS'
Helena Lopes da Costa assegurou ao CM não haver qualquer irregularidade com o espaço cedido a Freire Antunes. “Enquanto estive na Câmara de Lisboa cedi cerca de 200 espaços a outras tantas instituições. No caso em questão não vejo qual seja o problema. Se calhar é por ser amiga do historiador Freire Antunes. Mas também conheço outras pessoas a quem cedi espaços, como são os casos das associações a que estão ligadas a Maria Elisa [fibromialgia] e a Margarida Martins da Abraço.”
A ex-vereadora da autarquia de Lisboa adiantou, ainda, que a média das rendas das casas que disponibilizou ronda os 50 euros. “Essa verba está inscrita numa tabela da Câmara”.
O CM tentou contactar o historiador Freire Antunes, o que não foi possível até ao fecho desta edição.

Fonte: Correio da Manhã

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