Sunday, April 02, 2006

Porque em causa está o prestígio municipal...

EGEAC?

Não concordo nada com o facto de aparecer o ‘logo’ da EGEAC e não o brasão (não o ‘logo’ mas o brasão) da CML no final do «Gato Fedorento», em contrapartida pela utilização do São Jorge.
O equipamento é municipal. A empresa não deveria ter e nem deveria ser autorizada a ter a ambição de ser conhecida ou de ser protagonista em situações destas. Os lisboetas revêem-se é na sua câmara – e, honestamente, acho que isto é assim, independentemente da força política maioritária.
Por isso deve nestas circunstâncias, julgo eu, ser usado o brasão e nada mais. E digo já que não deve ser usado o ‘logotipo’ que Santana Lopes e agora Carmona Rodrigues usam – porque aí só se revêem, eventualmente, os «adeptos». O brasão, esse, é de todos…

EMEL

Há dias dei comigo a olhar de soslaio para uns tipos que, quando estacionei ao pé da RIPA (a revista gratuita de futebol), me fixaram o carro com um certo ar. Bom, a minha forma de olhar foi de tal ordem, que eles – melhor, um deles veio até mim e mostrou um cartão ao peito e disse: «Somos da empresa tal». Vi o cartão. Li o nome da empresa, que desconhecia. E disse-lhes: «Fiquei a olhar por causa do vosso aspecto». Não perceberam. Pareciam arrumadores, mas para pior. Com os arrumadores tenho-me dado muitíssimo bem sempre. Um euro, e tenho o carro no seguro contra todos os riscos. Aqueles, igualmente ou quase tão mal vestidos, não me inspiraram nenhuma confiança. Sou honesto. Nenhuma.
Passaram já quinze dias ou três semanas sobre o episódio. Tenho dado atenção. No mesmo sítio e noutros pontos da Cidade.
Acabei por concluir: são empresas contratadas pela EMEL.
Mas aqui nasce um problema que pode ser sério.
O poder da EMEL vem-lhe de delegação de competências atribuídas pela CML – única entidade que detém o poder de taxar o estacionamento – e que o delegou na EMEL. Será que a lei dá cobertura à concessão ou sub-delegação em causa para outras empresas?
Duvido.
Mais e mais complexo: não havendo em Portugal este tipo de sub-contratação, digamos assim, de forma até pouco rigorosa, é certo, mas este processo parece-me todo ele pouco rigoroso também… acho que também não haverá assim empresas à esquina para serem contratadas. Então, como apareceram? Como as encontraram logo? Ou foram expressamente formadas para esta contratação da EMEL? E, se foram, quem as formou? E se assim foi, quem apitou para que as formassem?
Percebem onde quero chegar?
Parece-me que se trata de um negócio de esquina entre compadres.
E depois aquele aspecto miserável daqueles «agentes de autoridade»… Não há quem olhe para estas coisas com olhos de quem quer defender o prestígio municipal?

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