Sunday, April 23, 2006

Fim-de-semana alucinante!

Escola D. João de Castro

Mais de 6 000 assinaturas. É o que foi recolhido pela Comissão de Defesa desta Escola. Agora estes documentos vão ser entregues na Câmara e na Assembleia da República.
Do que não se sabe muito é do resultado das diligências da famosa Comissão de Vereadores oficialmente constituída para defender a escola aberta.

Sede da PIDE

E também não se sabe de nada do que se passa com a não menos famosa Comissão de Estudo do que fazer quanto à Sede da PIDE e quanto ao tal Memorial ou seja lá o que for. Para que não se diga que não aconteceu ali nada, nunca.

Fábrica Romana de Salga

Já agora: por que não criar mais uma Comissão – mas que funcione, por favor – para estudar o que fazer à fábrica romana de salga que está agora a descoberto em Belém? Ou vamos primeiro deixar que o betão destrua o máximo e só depois acordar para lamentar o sucedido?

Porto de Lisboa

São muitos os projectos da APL. A autarquia de Lisboa, como as outras, vai ter muito que dizer. Ana Henriques refere muitas situações interessantes no Público de ontem. Vale a pena (re)ler. Quanto mais não seja, por causa da célebre pala implantada por baixo da Ponte.

Segurança de peões e de automobilistas

Bem-vindos os radares. Bem-vindos os avisadores de velocidade excessiva. Bem-vinda a intenção de enviar as fotos dos prevaricadores (salvo seja) para a Polícia Municipal e esta para as casas dos mesmos.
Mas, como já disse Manuel João Ramos, presidente da Associação de Cidadãos Auto- Mobilizados, tal não chega. Entre outras coisas, diz ele, é preciso alterar as temporizações dos semáforos nas artérias mais convidativas para os aceleras. Há de fender os peões e defender os automobilistas. Alguém tem de fazer algo de sério nesta matéria. Dou aqui algumas dicas sobre essas artérias: Marechal Gomes da Costa, República (quase 10 minutos para a atravessar a pé), Infante Santo, 24 de Julho (claro), Índia, Infante D. Henrique (coitado do pessoal que tem de a atravessar para apanhar autocarro...). Isto, para só falar das mais óbvias. Mas, claro, a Av. da Liberdade e a Fontes Pereira de Melo, bem como a eterna Segunda Circular precisam de outro tipo de atenção e intervenção e de estudo específico.


Vacas muito magras para a Cultura em Lisboa

A Feira do Livro será mais pequena. A Ilustração Portuguesa acontecerá apenas na net. As bibliotecas fecham aos sábados. Os dez anos da Bedeteca, um ex-libris da CML, foram a pobreza que se viu. Amaral Lopes não tem dinheiro para nada e bem se tem queixado em privado e mesmo em público. Mas mantém aquele «aproach» de megalomania para consumo do público em geral. E alguns dos seus apaniguados, a começar por aquela senhora do «Actual» / Expresso, pretendem dar lugar e espaço a sonhos mirabolantes que o homem continua a vender. Não se censure o político por usar o megafone. Não. Censure-se o jornal e a jornalista (neste caso, mas há outros). Porque lhe põem o megafone na mão sem qualquer fundo noticioso mas com muita ocasião de propaganda.
A coisa é tão grave (a falta absoluta de dinheiro: a Cultura é hoje o parente mais pobre da Câmara de Lisboa) que um destes dias, em cerimónia oficial com dezenas de convidados exteriores à CML e mesmo vindos de fora, perante a surpresa geral, o homem desatou a discursar sobre… as horas extraordinárias e o seu peso nas bibliotecas de Lisboa…
Um desespero, claro. Entendo-o muito bem.
Mas as bocas abriam-se de espanto e de «incrédula recusa de acreditar» no que se ouvia, dada a cerimónia em que se estava.

É a economia, malta!

Agora, é a EGEAC. Como não há dinheiro, fazem-se «sites» em barda. Como não há dinheiro, aumentam-se os projectos de projectar um programa de futuros projectos… Por exemplo, agora, para a EGEAC. Diz-se assim:
Vai-se reestruturar a EGEAC (empresa que gere os equipamentos culturais, que produz as Festas de Lisboa – vamos ver como são este ano – e que serve de escoadouro de muita despesa pouco clara ou administrativamente mal processada);
Vai-se reflectir;
Vai-se tornar mais ágil;
Vai-se ter mais capacidade de resposta (palavras, palavras, palavras);
Vai-se dar mais autonomia aos equipamentos (para fazer o quê, exactamente?);
Vai-se regularizar a situação do pessoal (eis um belo objectivo – será que isso pode ser feito em tempo de vacas magras para a Cultura na CML?).
Note-se: «vai-se, vai-se, vai-se». É tudo para amanhã, para os próximos anos.
Mas não há um tostão.
É certo que «reflectir» e tal não custa dinheiro. Mas… e a Cultura, ela mesma, e a vida real, e a Cidade cultural?
Ao que isto chegou, quando «a nossa prioridade absoluta é pagar dívidas», nas palavras da directora da Bedeteca, a propósito dos 10 anos do equipamento…
O mais grave é que quando se olha para o resto da Câmara – excepção feita para as áreas de Urbanismo e similares –, a sensação dura que se tem é exactamente a de que, e quem dera que fosse, a prioridade absoluta é «pagar as dívidas» que a câmara de Lisboa vem acumulando nos últimos anos de forma exponencialmente crescente.
Dhahaaaah! É a economia, malta.


Muito breves

PS
O que faz Carrilho faltar tanto? Na Câmara de Lisboa e na Assembleia da República. Há consequências por vezes perigosas. Ainda há dias, por falta dele, um projecto do PCP foi rejeitado por um PSD minoritário. Era «só» isto: tratava-se de regularizar a situação profissional de mais de um milhar e meio de trabalhadores da CML:..

CDS
João Almeida, chefe de gabinete de Maria José Nogueira Pinto na CML, vai candidatar-se à presidência do CDS-PP. NP é presidente da Mesa do Congresso e apoia Ribeiro e Castro, segundo parece. E agora? Os jogos estão em curso. A dois é melhor.

PS
A Maçonaria expulsou António Vitorino e Vitalino Canas. Porque não pagaram as quotas. Uma vergonha. Qualquer deles deve à Maçonaria mais do que a si mesmo o sucesso que tem tido. Ganham rios de dinheiro. E nem pagam as quotas. António Reis (PS, também) não se fez rogado: aplicou-lhes o código secreto. Estes dois julgam, agora que estão lá em cima, que já não precisam da organização. Vão ver, daqui por uns tempos, como elas doem…

Governo
Sócrates precisa de propaganda todos os dias. E quando não tem, inventa. Agora é aquela ideia bacoca de nos enganar a todos com a história dos lugares em económica para os ministros em viagem aérea. Como se isso fosse um modo de poupar. Mas não é: os membros do Governo só pagam as taxas. É um acordo TAP-Governo. O resto é «marketing». E a convicção bacoca de que somos todos parvos. A começar pelos assessores de São Bento.

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