Paula Teixeira da Cruz não abre o jogo sobre candidatura à Câmara de Lisboa
20.09.2008, Filomena Fontes e Margarida Gomes - Público
A notícia "é um pouco exagerada", diz Paula Teixeira da Cruz. Mas a possibilidade de a actual presidente da Assembleia Municipal de Lisboa protagonizar a candidatura do PSD à presidência do município lisboeta começou a circular com alguma insistência esta semana, precisamente numa altura em que Pedro Santana Lopes admitiu "estar a ponderar" um eventual regresso.Sem fechar completamente a porta, a ex-vice-presidente de Marques Mendes disse ao PÚBLICO não vislumbrar, para já, razões que a levem a encarar esse cenário. "Tenho uma vida profissional realizada e, a não ser que apareça uma motivação, que não descortino neste momento, é prematuro", declarou, recusando-se a revelar se já tinha sido sondada nesse sentido pela direcção do partido. Apesar de todos os percalços que atravessaram a gestão da maioria PSD e que culminaram com a queda do independente Carmona Rodrigues e a convocação de eleições intercalares que deram a vitória ao PS, Paula Teixeira da Cruz frisa que o PSD é um partido com vocação de poder e que a vitória está ao seu alcance. Quanto à "solução" Pedro Santana Lopes, reage laconicamente: "A cada um a sua liberdade e a sua responsabilidade." A possibilidade da recuperação de Santana Lopes para mais uma batalha autárquica, encarada como das mais duras para o PSD, não está, de facto, afastada. Carlos Carreiras, que sucedeu a Paula Teixeira da Cruz na liderança da distrital, considera que o ex-primeiro-ministro foi "um excelente presidente de câmara e, como tal, será um bom candidato". Como também entende que a líder municipal seria uma boa candidata, "mas não estará disponível". "Penso que nunca esteve nos objectivos dela", ajuíza. Apelando ao "bom senso e seriedade", Carreiras ainda tem presente a polémica em que o partido se viu envolvido por causa de Lisboa - que arrastou a demissão da própria direcção de Marques Mendes - e não se compromete com nomes. "O PSD tem que ganhar o voto dos lisboetas porque apresenta um pensamento estratégico para a cidade", avisa. O líder distrital não equaciona a transferência de Fernando Seara de Sintra para Lisboa, argumentando que o autarca deve prosseguir o trabalho que está a desenvolver no concelho, nomeadamente a nível das acessibilidades, e dá como certa as recandidaturas de António Capucho (Cascais) e Ministro dos Santos (Mafra).
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