Friday, November 17, 2006

O seu a seu dono
Bom trabalho
RTP copia da LUSA e refere a fonte
E o DN dá a mesma notícia no mesmo dia

Parecendo à primeira vista que há aqui um problema de paternidade ou de plágio, pode não ser assim tão grave. Ou seja: eu é que só citei a RTP, esquecendo o 'DN', e, dada a pressão dos acontecimentos, nem sequer dei conta (e peço desculpa) de que o texto do site da RTP era da Lusa.

Mas aproveito a ocasião: fica aqui o meu apreço por todos os jornalistas que nestes dias loucos da CML têm feito a recolha de depoimentos e de posições com esmero e com bom resultado. E isso engloba: a Lusa, o ‘Diário de Notícias’ e o ‘Jornal de Notícias’. Impecáveis. Obrigado.

Ficam os dois links da polémica, para o leitor aquilatar...

DIÁRIO DE NOTÍCIAS

http://dn.sapo.pt/2006/11/16/cidades/carmona_rodrigues_ponto_final_coliga.html


Carmona Rodrigues pôs ontem um ponto final na coligação com o CDS/ /PP, depois de a vereadora Maria José Nogueira Pinto ter vetado o nome de Nunes Barata para presidente do conselho de administração da Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa Pombalina (SRU), proposto pelo presidente da Câmara de Lisboa. Em comunicado, o autarca justifica que Nogueira Pinto "violou um dever de lealdade e de confiança elementar na relação entre pessoas que estão unidas por um acordo político". Como consequência diz ter decidido retirar à autarca centrista "todos os pelouros que lhe estavam atribuídos".

Já Nogueira Pinto alega, também em comunicado, que "tal decisão tem como fundamento, ou pretexto", uma proposta que "não correspondia ao agendado nem ao previamente acordado". No documento frisa "que foi com extrema lealdade, empenho e sentido de dever" que assumiu os pelouros que lhe foram delegados, garantindo que "continuará a desempenhar as funções de vereadora no cumprimento do programa eleitoral com que se apresentou aos lisboetas".

O nome de Nunes Barata, que trabalhou com Nogueira Pinto na Misericórdia de Lisboa, foi vetado com nove votos contra e oito a favor. Apesar de a votação ser secreta, o PSD concluiu que o nono voto contra teria sido do CDS-PP, facto que Carmona Rodrigues encarou como uma quebra de confiança.

Fonte da direcção do PSD disse ao DN que o presidente da autarquia lisboeta informou de imediato Marques Mendes, líder do partido, do que se tinha passado. E que considerava que a vereadora se tinha portado de forma desleal e que tinha perdido a confiança nela, pelo que tencionava retirar-lhe os pelouros. A mesma fonte adiantou que "ele é chefe de um executivo. Se nessa equipa há um elemento que falha de forma grave quebra esse dever de lealdade".

Na proposta, subscrita por Carmona Rodrigues, figurava também o nome de Pedro Portugal, membro do Conselho Nacional do PSD pela lista de Luís Filipe Menezes, mas que acabou por ser retirado antes da votação. A autarquia alegou "motivos pessoais", mas o DN sabe que foi um recuo político. O único nome aprovado foi o de Margarida Lancinha Pereira (para vogal da SRU). Com nove votos a favor e oito contra.

Uma maioria relativa

O PSD e CDS/PP mantinham uma coligação pós-eleitoral desde o início de Janeiro, altura em que, em troca do projecto de reabilitação da Baixa-Chiado, Maria José Nogueira Pinto aceitou viabilizar a maioria absoluta na câmara. No entanto sempre salvaguardou que mantinha a liberdade para votar contra as propostas com as quais não concordasse. Exemplo disso foi o Vale de Santo António.

Mas foi depois da conclusão do plano para a Baixa-Chiado (entretanto já aprovado em sessão camarária) Nogueira Pinto começou a dar dores de cabeça a Carmona. Primeiro com o conflito com a presidente da Assembleia Municipal, Paula Teixeira da Cruz e ontem com a votação para a SRU.

Oficialmente o destino do pelouro da Habitação Social (e da gestão da Gebalis) não está ainda definido.

O presidente da autarquia mostrou-se confiante: "Continuaremos a assegurar a governação da câmara com a maioria e a equipa que o povo escolheu nas eleições". Carmona frisa que o executivo continuará a "concretização dos projectos".


RTP / LUSA

http://www.rtp.pt/index.php?article=260151&visual=16


A decisão de terminar a coligação com o CDS-PP na Câmara de Lisboa foi comunicada pelo presidente do município a Marques Mendes, que manifestou o seu apoio a Carmona Rodrigues.


Segundo a mesma fonte do gabinete do líder do PSD, Carmona Rodrigues co municou igualmente a sua decisão de terminar com a coligação com o CDS-PP à pres idente da distrital de Lisboa, Paula Teixeira da Cruz, que é igualmente a presid ente da Assembleia Municipal de Lisboa.

Carmona Rodrigues concorreu como independente nas listas do PSD nas aut árquicas de 2005, tendo a escolha do seu nome sido decidida pela direcção de Mar ques Mendes.

A decisão de pôr fim à coligação com o CDS-PP na Câmara de Lisboa foi a nunciada quarta-feira ao início da noite pelo presidente da autarquia, Carmona R odrigues.

Carmona Rodrigues retirou os pelouros à vereadora democrata-cristão, Ma ria José Nogueira Pinto, depois de esta ter chumbado o nome de Nunes Barata para a presidência do conselho de administração da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) da Baixa Pombalina, numa votação secreta.

Carmona Rodrigues considerou que a vereadora "violou um dever de lealda de e de confiança elementar na relação entre pessoas que estão unidas por um aco rdo político", pelo que decidiu retirar a Nogueira Pinto "todos os pelouros que lhe estavam atribuídos", a Habitação Social e a presidência do comissariado para a reabilitação da Baixa Chiado.

Posteriormente, a este anúncio a vereadora assumiu, em comunicado, ter votado contra a nomeação de Nunes Barata, que trabalhou na Santa Casa da Miseric órdia de Lisboa enquanto Nogueira Pinto era provedora da instituição, argumentan do que a proposta apresentada "não correspondia ao agendado nem ao previamente a cordado".

Com o fim da coligação que tinha com o CDS-PP, o PSD volta a estar em m inoria na governação do município da capital, o que obrigará Carmona Rodrigues a recorrer, a partir de agora, a entendimentos pontuais com outras forças polític as para garantir a viabilidade das propostas do executivo.

A coligação de direita na Câmara de Lisboa começou "torta", com Nogueir a Pinto a responsabilizar em Novembro de 2005 o PSD pela falha num acordo pós-el eitoral mas que se viria a concretizar em Janeiro.

Pouco antes do final da coligação, que se prolongou por dez meses, a "p az" entre os dois partidos de direita foi ameaçada quando Nogueira Pinto acusou a presidente da AML, Paula Teixeira da Cruz, de ter manifestado apoio a um grupo de moradores que exigia do pelouro da Habitação Social a redefinição do método de cálculo das suas rendas de casa.

As críticas da vereadora do CDS-PP foram repudiadas pelos vereadores do PSD Marina Ferreira e Lipari Pinto e motivaram um voto de solidariedade da banc ada municipal social-democrata a Teixeira da Cruz, também líder da distrital de Lisboa do PSD, que entendeu as acusações de Nogueira Pinto como "imputações de o rdem pessoal".

Maria José Nogueira Pinto, que acusava a responsável social-democrata d e comprometer o equilíbrio de poderes entre a Câmara e a Assembleia Municipal di sse, na altura, que só continuaria na coligação enquanto tivesse "condições de d ignidade".

Agência LUSA

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