Sunday, May 03, 2009

De Veneza e da Beira Interior vêm boas e muito más notícias

Um coro nosso vai a Itália e traz prémios únicos. Mas os alunos não têm as faltas justificadas... Sra. Ministra, como é isto???

A vitória de um coro nacional é de facto motivo de regozijo. Mas o magno interesse está na estupefacção que deve causar a todos nós que estes amadores não mereçam justificar faltas pela sua arte, se fossem desportistas outro galo cantaria. Que país este! A indignação do maestro tem toda a razão de ser. E já não acrescentamos o serem de uma região desfavorecida do interior, mas foram a Itália e arrecadaram ouro e prata sem quaisquer apoios que não a sua força de vontade. BRAVOS!!!!!!!

Cultura: Coro Misto da Beira Interior conquista medalhas de ouro e prata em Itália (COM AUDIO E VÍDEO)

Veneza, Itália, 03 Mai (Lusa) - O Coro Misto da Beira Interior conquistou uma medalha de ouro e outra de prata no 7º Concurso Internacional de Coros de Veneza, Itália.As distinções foram entregues na última noite na cerimónia de encerramento da prova.A medalha de ouro foi entregue graças à pontuação da interpretação de obras de música sacra de Gasparinni, Bruckner e Luís Cipriano (maestro que dirige o coro), enquanto a prata distinguiu peças livres de Edson Conceição, Diogo Melgaz e Graystone Ives (com expressão corporal).O coro recebeu ainda convites para concertos em Moscovo, Rússia, e foi desafiado pela organização a preparar um concurso internacional em Portugal, disse à Agência Lusa o maestro Luís Cipriano.O 7º Concurso Internacional de Coros de Veneza foi organizado pela Música Mundi, da fundação alemã Interkultur, que em 20 anos organizou 90 eventos mundiais com 4500 coros, avaliados por júris de vários países.O evento juntou desde quarta-feira 32 grupos (cerca de 1500 pessoas) de 17 países, com espectáculos abertos ao público.O Coro Misto da Beira Interior já tinha conquistado seis medalhas noutras competições internacionais nos últimos anos, uma das quais de ouro, em Budapeste, Hungria, em 2007.No concurso de Veneza foram entregues 27 medalhas de ouro, 16 de prata e uma de bronze, atribuídas consoante os patamares de pontuação alcançados em cada peça - de acordo com uma grelha de parâmetros do júri.“A quantidade de medalhas de ouro reflecte a qualidade dos coros a concurso este ano, o que valoriza as medalhas que ganhámos. Na categoria de peças de tema livre, por exemplo, acabámos por concorrer sozinhos, mas a pontuação correspondeu a uma medalha de prata”, referiu Luís Cipriano."No caso da música sacra, concorremos com coros que em todos os concursos ganham sistematicamente medalhas de ouro. Tenho um orgulho extremamente grande de passar a estar inserido neste leque de grupos”, sublinhou.O Coro Misto da Beira Interior regressa hoje a Portugal e a próxima actuação está marcada para domingo, dia 10, em Vila Velha de Ródão.
LFO.Lusa/fim

Cultura: Maestro reclama faltas justificadas para jovens que representam Portugal (COM ÁUDIO E VÍDEO)

Veneza, Itália, 03 Mai (Lusa) - O maestro do Coro Misto da Beira Interior criticou hoje o facto de os estudantes portugueses que representam Portugal em actividades culturais não terem faltas justificadas na escola, como acontece no desporto.Luís Cipriano falava à Agência Lusa em Itália, onde o coro conquistou uma medalha de ouro e outra de prata no 7º Concurso Internacional de Coros de Veneza.“Qualquer criança que seja pré-seleccionada para representar Portugal em actividades desportivas tem automaticamente faltas justificadas na escola, independentemente de nunca representar o país”, explicou.“E esta gente tem que faltar às aulas para representar Portugal e ainda por cima obter resultados”, sublinhou, referindo-se ao coro de 30 pessoas que dirige, parte do qual é constituído por jovens do ensino básico e secundário.“Só por aí se reflecte a mentalidade geral dos governantes, que nunca se lembraram que as crianças que fazem cultura têm tanto valor como as que fazem desporto - e neste caso têm mais sucesso do que as que fazem desporto”.Uma situação que se estende a outros profissionais do coro, que não dispõe de instrumentos apropriados para justificar ausências nos postos de trabalho quando representam o país em eventos culturais, como foi o caso do grupo nos últimos dias.“Tal como disse um dos júris do concurso internacional, o nosso coro seria talvez o único verdadeiramente amador a concurso e era notável o trabalho que se conseguia fazer. A pontuação e as medalhas falam por si”, concluiu.O 7º Concurso Internacional de Coros de Veneza juntou desde quarta-feira 32 grupos (cerca de 1500 pessoas) de 17 países.
LFO.Lusa/fim

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