Tuesday, August 19, 2008

Setúbal

Trabalhadores camarários ponderam greve de fome
19.08.2008
A Comissão de Trabalhadores da Câmara de Setúbal (CT) vai deliberar esta semana sobre uma greve de fome como forma de protesto à "perseguição" de que os trabalhadores dizem ser alvo por parte da presidente da autarquia, Maria das Dores Meira. Tolentino Sardo, coordenador da CT, disse ao PÚBLICO que a decisão será tomada na quinta-feira, na reunião interna da estrutura. A greve de fome deverá durar quatro dias e, segundo o coordenador, deve-se "à persistência do terrorismo psicológico exercido sobre os trabalhadores" e também ao facto de, "após a denúncia pública do caso", a autarca ter "mandado retirar o computador que servia de base ao trabalho da comissão"."Eu serei o primeiro a avançar, mas sei da vontade expressa de pelo menos mais três funcionários de me acompanharem na acção", garantiu Tolentino Sardo, explicando que a iniciativa ainda não se realizou por ausência de vários trabalhadores que se encontram de férias. A estrutura que preside contempla 11 elementos, mas até agora apenas cinco se encontravam disponíveis, razão pela qual a reunião não se realizou antes. Em causa estão questões relacionadas com "a transferência de serviço de vários trabalhadores, a avaliação periódica, e a forma arrogante como a presidente dialoga com os trabalhadores camarários", adiantou Tolentino Sardo. O coordenador acrescenta que assim que a decisão for tomada será dado conhecimento à autarca com o intuito de que "colabore na resolução de problemas". Confrontada com a situação, a presidente da câmara negou que o computador em causa estivesse atribuído à CT, sendo "para uso de diversos funcionários, nomeadamente Tolentino Sardo, na unidade orgânica a que pertencia". Maria das Dores Meira afirma que, "com a mobilidade de Tolentino Sardo, entendeu-se correcto manter o computador no mesmo serviço". Segundo a autarca, o coordenador continua a dispor de um computador na unidade em que se encontra. "O panorama descrito pela CT não corresponde à realidade", revela o porta-voz da autarquia. Ana Nunes

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