Thursday, February 16, 2006

Textos para melhor perceber a polémica sobre a Escola D. João de Castro

Vereadores do PCP receberam os órgãos de gestão da Escola

Escola D. João de Castro deve
manter-se em funcionamento

A seu pedido, o Conselho Executivo e a Comissão Pedagógica da Escola Secundária D. João de Castro foram hoje recebidos pela Vereadora Rita Magrinho.
A recente decisão do Governo de integrar esta Escola na Fonseca Benevides tem deixado preocupados alunos, pais, professores e restante comunidade educativa e foi objecto de debate neste encontro.
No contacto havido esta manhã foi entregue um memorando com o historial da situação da Escola, do qual também já foi dado conhecimento à ministra da Educação.
A Vereadora Rita Magrinho declarou às representantes da Escola que a Câmara Municipal de Lisboa não pode alhear-se das questões relacionadas com a rede escolar e, em conjunto com o Ministério da Educação, tem o dever de encontrar as soluções mais adequadas ao presente e ao futuro das comunidades educativas.
Soluções pontuais como as que têm marcado as recentes alterações na rede escolar em Lisboa como, por exemplo, a Escola David Mourão Ferreira e agora este caso da Escola D. João de Castro, não resolvem os problemas das populações nem contribuem para um tecido urbano equipado equilibradamente.
O processo de decisão da fusão destas duas escolas, com deslocação dos alunos e professores (e o património?) para a escola com instalações mais deficientes e menos adequadas, sem informação fundamentada aos órgãos da Escola e à sua população escolar não credibiliza nem o processo nem os seus autores.
Neste quadro, entende que o ministério da educação e a Direcção Regional de Educação de Lisboa devem fundamentar as suas opções e encontrar soluções planeadas para a rede escolar, em articulação com as autarquias, tendo em conta a área geográfica, a população escolar, as condições dos estabelecimentos de ensino e o debate com os órgãos representativos.


Posição da JCP da Escola

Fusões injustas, não obrigado!

No passado mês de Dezembro de 2005, a D. João de Castro recebeu uma carta por parte da DREL (Direcção Regional de educação de Lisboa) a informar-nos sobre a fusão desta escola com a escola Secundária Fonseca Benevides.
“(...) de acordo com a análise de reajustamento da rede escolar para 2006/2007 (...), perspectiva-se que a fusão das escolas referidas se concretize nas instalações da ES/3 Fonseca Benevides, atendendo às valências de procura/oferta apresentadas pelas áreas em questão, sendo claro que a existência da escola Secundária com 3º ciclo Rainha D. Amélia é manifestamente suficiente para assegurar as necessidades da zona em causa.”
Esta posição da DREL é incompreensível, pois a escola D. João de Castro é inquestionavelmente a escola com melhores condições materiais e humanas, revelando mesmo condições para albergar os alunos da escola Fonseca Benevides, sendo a nossa escola a única que na área envolvente com capacidade para leccionar o curso tecnológico do desporto que existe actualmente.
Não podemos concordar com esta decisão injusta e com objectivos ainda pouco claros. Todos sabemos o valor imobiliário dos terrenos da escola, e todo a especulação envolvente.
O colectivo da JCP da D.João de Castro apela a todos os alunos para não se resignarem, temos que lutar pela continuidade da nossa escola, pelo direito a um ensino público gratuito e de qualidade!


Posição dos alunos da Escola há dois dias atrás

Os alunos da Escola Secundária D. João de Castro já por uma vez mostraram o seu repúdio em relação ao fecho anunciado da escola e fusão com a Escola Secundária Fonseca Benevides. Consideramos que o fecho da Escola Secundária D. João de Castro tem por trás interesses imobiliários e não os interesses dos estudantes e da educação. Lutamos e lutaremos contra o encerramento da nossa escola, por uma escola com melhores condições para todos!
Amanhã dia 14 de fevereiro por volta das 9h30min iremos realizar uma marcha silenciosa desde a escola secundaria D. João de Castro até ao ministerio da educação. Com a devida autorização do governo civil. Iremos fechar a escola a cadeado mais uma vez e partiremos para a manifestação.
Dia 16 estaremos novamente na rua, no dia nacional de luta, por uma educação pública, gratuita e de qualidade!

Os alunos da escola Secundária D.João de Castro

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