FMI
pede aos EUA para acabarem com incertezas e para UE acelerar união bancária
Washington, 12 out - O Fundo Monetário Internacional (FMI) e
os membros do Comité Financeiro pediram hoje aos EUA que acabe com as suas
incertezas orçamentais de curto prazo e à União Europeia (UE) para avançar com
a união bancária.
ÚLTIMA HORA FMI pede aos EUA para acabarem com incertezas e
para UE acelerar união bancária Lusa
21:38 - 12 de Outubro de 2013 | Por Diogo Nunes
Washington, 12 out - O Fundo Monetário Internacional (FMI) e
os membros do Comité Financeiro pediram hoje aos EUA que acabe com as suas
incertezas orçamentais de curto prazo e à União Europeia (UE) para avançar com
a união bancária.
Apesar de reconhecer que houve uma melhoria nas economias
avançadas no último ano, especialmente devido à política monetária adotada, o
comunicado final conjunto do FMI e do Comité Financeiro do FMI (composto pelos
representantes dos 24 parceiros do organismo) adverte para as tarefas que
faltam cumprir no curto prazo.
A diretora geral do FMI, Christine Lagarde, considerou que a
UE deve centrar-se no processo de criação da união bancária e "enviar um
sinal de forte progresso".
E realçou: "Houve progressos significativos na Europa,
e também sacrifícios, mas estes são o começo de um caminho pensado para
apresentar resultados".
O FMI pede a Bruxelas que avance com a união bancária para
reduzir "a fragmentação do mercado financeiro".
No mesmo documento, é realçada aos EUA "a necessidade
urgente de tomar medidas que terminem com as incertezas orçamentais de curto
prazo", a propósito do desacordo entre a administração Obama e o Senado
acerca das mexidas no teto da dívida da maior economia do mundo, que levou ao
encerramento parcial dos serviços públicos.
"Há um sentimento comum de que todos os membros devem
pôr as suas casas em ordem e comunicarem entre si", indicou Lagarde.
Por seu turno, o presidente do Comité Financeiro, o ministro
das Finanças de Singapura, Tharman Shanmugaratnam, revelou que o foco das
discussões esteve também centrado na necessidade de a economia mundial se
prepare para o fim progressiva da política monetária expansiva dos países
avançados.
"Concordámos que, para as economias emergentes, é
importante reconhecer que a eventual normalização da política monetária com a
recuperação económica no ocidente deve motivar uma preparação com ajustes
orçamentais e reformas estruturais", salientou o singapurense.
"Todos os membros têm consciência que as decisões
monetárias têm efeitos a nível doméstico e internacional", tinha
sublinhado Lagarde.
Ainda assim, no comunicado é referido que "a política
monetária [nas economias avançadas] ajudou ao crescimento global, mantendo os
preços estáveis, pelo que continua a ser apropriada".
Quanto às economias emergentes, o documento destacou que
"os fundamentais [macroeconómicos] e o trilho político são, no geral,
consistentes", mas que "os desafios estruturais continuam".
Por fim, face aos continuados atrasos na reforma de quotas
no FMI a favor dos países em desenvolvimento, que têm elevado o tom das
críticas das economias emergentes como o Brasil, Lagarde garantiu que a mesma é
"a principal prioridade" e o comunicado final aponta para "a
retificação sem demoras" das reformas acordadas em 2010.
DN // APN
Noticias Ao Minuto/Lusa
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