Por ocasião do 60º aniversário da NATO
O Conselho Português para a Paz e Cooperação participa hoje e amanhã, na Cimeira anti-NATO que tem lugar em Estrasburgo.
O Conselho Português para a Paz e Cooperação, participa hoje na Conferência: “Bombardeamento da Jugoslávia: precedente de futuros crimes da NATO”, co-organizada pelo Conselho Mundial da Paz, no quadro da Cimeira anti-NATO, que se realiza de 2 a 5 de Abril, em Estrasburgo.
Convocada por organizações não governamentais e movimentos da paz de toda a Europa, a Cimeira Anti-NATO tem por objectivo denunciar os crimes desta organização contra a paz e a soberania dos povos, e exigir a sua dissolução.
O Apelo Mundial que serviu de base à convocatória das acções em Estrasburgo sublinha que a NATO é um obstáculo à paz mundial.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte – NATO –, criada em Abril de 1949, sempre pautou a sua actuação por uma lógica belicista, privilegiando a adopção de soluções militares e liderando durante décadas a corrida aos armamentos, sob a égide dos EUA.
Após a dissolução do Pacto de Varsóvia, mais a NATO revelou o seu carácter anacrónico, acentuando a sua natureza belicista e actuando como um factor de tensão e desequilíbrio em múltiplos conflitos que eclodiram no mundo.
Hoje a NATO é um instrumento ao serviço dos EUA e seus aliados, para o desencadeamento de guerras de agressão, ignorando as Nações Unidas e o direito internacional. A NATO é responsável pela aceleração da militarização e da corrida aos armamentos, dispondo de bases militares em todos os continentes.
Seguindo desde 1991 uma agenda expansionista, concebida para o avanço sobre as zonas de interesse geo-estratégico, a NATO desencadeou a guerra nos Balcãs, sob a capa da chamada "guerra humanitária", e desencadeou a guerra contra o Afeganistão, que dura à 7 anos e cuja situação dramática ameaça agora alargar-se ao Paquistão.
Na Europa, a NATO concorre para o agravamento de tensões, alimentando a corrida aos armamentos com o chamado “sistema de defesa anti-Missil”, transformando o continente num gigantesco arsenal nuclear. O alargamento da NATO para, e além, da Europa de Leste, associada à sua politica de intervenções “fora das suas fronteiras”, torna o mundo cada vez mais perigo.
Neste quadro, o CPPC reafirma o seu entendimento que a paz e a segurança europeia e mundial se constroem e reforçam através da dissolução da NATO, do reforço e democratização das instâncias internacionais de distensão e resolução politica de conflitos.
A Direcção Nacional do
Conselho Português para a Paz e Cooperação
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