Câmara de Lisboa não, não, não apoia os lisboetas
(LIBELO ACUSATÓRIO DIRIGIDO À, E CONTRA A CML,
PERANTE O GRANDE JÚRI)
Meus Senhores,
Há 180 dias, V. prometeram aos lisboetas que nestes seis meses fariam o seguinte (ver o dia 6 de Fevereiro):
http://lisboalisboa2.blogspot.com/2006_02_01_lisboalisboa2_archive.html
... Tanta coisa!
... Tanta promessa!
Prometeram... mas não fizeram.
Nem nada que se pareça. Fizeram alguma coisa, simularam muitas mais, prometeram mais ainda.
Mexeram-se.
E, de cada vez que se mexeram, tiveram editores dóceis a enviar-vos muitos jornalistas para «coberturas» sem fim.
Fizeram movimento. Muito movimento. Mas não resolveram. Lisboa está igual. Essa é que é essa. Tanta publicitação... e nada. Nunca como hoje houve tantas páginas e páginas de jornais e jornais cheias de nada. Os projectos anunciados são trazidos aos jornais como obra feita. As intenções são tituladas como se de obra construída se tratasse. As dificuldades são embaladas em celofane e mostradas como prendas com lacinho. Mas a realidade real, aquela das ruas e dos prédios, essa impõe-se com bastante mais frieza do que os escritos de tantos escribas e de tantos outros.
Meus Senhores,
Vistas as coisas ao pormenor, estou desiludido. Esperava mais. Há aí cérebros para mais. A Cidade esperava mais, também. Sei que muita gente teve esperança. Sei que muitos esperaram pelo dia de hoje para poderem fazer um balanço mais positivo. Houve mesmo, há uns dois ou três meses, afirmações do género: «Ainda é cedo. Vamos deixar andar as coisas. Há muito para concretizar ainda». E por concretizar ficaram.
Hoje, sexta, V. vão deitar foguetes em cima de nada.
Vão afirmar que está feito. Que cumpriram. É isso que os jornais publicarão amanhã, sábado.
Vou ser justo: também não era possível resolver aquilo tudo
... (
http://lisboalisboa2.blogspot.com/2006_02_01_lisboalisboa2_archive.html
)...
Nem as Finanças da CML o comportariam. Mas foram V. que prometeram.
Por falar de Finanças: não há um tostão. Toda a gente o sabe. Então por que razão se pode continuar em cada semana a fazer novas promessas exactamente em sectores depauperados como a Cultura, os Espaços Verdes ou a Acção Social? - Sectores que, exactamente porque não têm nada para apontar, apontarão carradas de pontos positivos hoje.
A CML aumenta a sua dívida de mês para mês. Essa é a realidade triste que ninguém deseja e em cima da qual eu não dançarei, certamente.
Meus Senhores,
É por isso que eu acho que a História da Vida vos condena.
Hoje alguém escrevia num jornal que Lisboa está igual ao que estava no dia da tomada de posse ou pior. Que não há uma única obra que se possa ligar à actual maioria. Não serei tão radical. E a Cidade, pior não estará, porque, apesar de tudo, no tempo do outro senhor tudo soava a fantochada. E hoje as coisas aparecem todas com ar sério e tecnicamente fundamentado.
Aliás, senhores, preparem-se. Preparem-se, porque consta que ele, o outro, também está a fazer o seu próprio balanço dos 180 dias. Podem ter uma surpresa por estes dias.
Meus Senhores,
Lisboa é hoje uma Cidade inerte.
Essa é a verdade.
A Câmara não existe, para mal dos lisboetas.
Ninguém pode contar com ela.
Ninguém conta com ela.
Quem precisar da CML pode escusar.
Se vem a Fundação D. Pedro IV ou se vem Casa Pia ou se o governo vem e diz: «Mata!», vem a Câmara e diz: «Esfola!». Esta é a grande realidade. Os pais da miudagem da D. João de Castro, que o digam. Os pais da miudagem da Escola de Xabregas que o digam. E que o digam os cidadãos unidos em torno da Casa Garrett. E os democratas que querem que se lembre para sempre que ali, na António Maria Cardoso fez-se sangue um dia. E os cidadãos que querem uma Feira Popular em Lisboa. E os que acham que o IPO não deve fechar. E os que defendem os hospitais civis.
Por tudo isto e por muito mais, Senhores, tenho a certeza: a História com agá grande condena-vos... Os lisboetas de hoje condenam-vos, certamente.
(LIBELO ACUSATÓRIO DIRIGIDO À, E CONTRA A CML,
PERANTE O GRANDE JÚRI)
Meus Senhores,
Há 180 dias, V. prometeram aos lisboetas que nestes seis meses fariam o seguinte (ver o dia 6 de Fevereiro):
http://lisboalisboa2.blogspot.com/2006_02_01_lisboalisboa2_archive.html
... Tanta coisa!
... Tanta promessa!
Prometeram... mas não fizeram.
Nem nada que se pareça. Fizeram alguma coisa, simularam muitas mais, prometeram mais ainda.
Mexeram-se.
E, de cada vez que se mexeram, tiveram editores dóceis a enviar-vos muitos jornalistas para «coberturas» sem fim.
Fizeram movimento. Muito movimento. Mas não resolveram. Lisboa está igual. Essa é que é essa. Tanta publicitação... e nada. Nunca como hoje houve tantas páginas e páginas de jornais e jornais cheias de nada. Os projectos anunciados são trazidos aos jornais como obra feita. As intenções são tituladas como se de obra construída se tratasse. As dificuldades são embaladas em celofane e mostradas como prendas com lacinho. Mas a realidade real, aquela das ruas e dos prédios, essa impõe-se com bastante mais frieza do que os escritos de tantos escribas e de tantos outros.
Meus Senhores,
Vistas as coisas ao pormenor, estou desiludido. Esperava mais. Há aí cérebros para mais. A Cidade esperava mais, também. Sei que muita gente teve esperança. Sei que muitos esperaram pelo dia de hoje para poderem fazer um balanço mais positivo. Houve mesmo, há uns dois ou três meses, afirmações do género: «Ainda é cedo. Vamos deixar andar as coisas. Há muito para concretizar ainda». E por concretizar ficaram.
Hoje, sexta, V. vão deitar foguetes em cima de nada.
Vão afirmar que está feito. Que cumpriram. É isso que os jornais publicarão amanhã, sábado.
Vou ser justo: também não era possível resolver aquilo tudo
... (
http://lisboalisboa2.blogspot.com/2006_02_01_lisboalisboa2_archive.html
)...
Nem as Finanças da CML o comportariam. Mas foram V. que prometeram.
Por falar de Finanças: não há um tostão. Toda a gente o sabe. Então por que razão se pode continuar em cada semana a fazer novas promessas exactamente em sectores depauperados como a Cultura, os Espaços Verdes ou a Acção Social? - Sectores que, exactamente porque não têm nada para apontar, apontarão carradas de pontos positivos hoje.
A CML aumenta a sua dívida de mês para mês. Essa é a realidade triste que ninguém deseja e em cima da qual eu não dançarei, certamente.
Meus Senhores,
É por isso que eu acho que a História da Vida vos condena.
Hoje alguém escrevia num jornal que Lisboa está igual ao que estava no dia da tomada de posse ou pior. Que não há uma única obra que se possa ligar à actual maioria. Não serei tão radical. E a Cidade, pior não estará, porque, apesar de tudo, no tempo do outro senhor tudo soava a fantochada. E hoje as coisas aparecem todas com ar sério e tecnicamente fundamentado.
Aliás, senhores, preparem-se. Preparem-se, porque consta que ele, o outro, também está a fazer o seu próprio balanço dos 180 dias. Podem ter uma surpresa por estes dias.
Meus Senhores,
Lisboa é hoje uma Cidade inerte.
Essa é a verdade.
A Câmara não existe, para mal dos lisboetas.
Ninguém pode contar com ela.
Ninguém conta com ela.
Quem precisar da CML pode escusar.
Se vem a Fundação D. Pedro IV ou se vem Casa Pia ou se o governo vem e diz: «Mata!», vem a Câmara e diz: «Esfola!». Esta é a grande realidade. Os pais da miudagem da D. João de Castro, que o digam. Os pais da miudagem da Escola de Xabregas que o digam. E que o digam os cidadãos unidos em torno da Casa Garrett. E os democratas que querem que se lembre para sempre que ali, na António Maria Cardoso fez-se sangue um dia. E os cidadãos que querem uma Feira Popular em Lisboa. E os que acham que o IPO não deve fechar. E os que defendem os hospitais civis.
Por tudo isto e por muito mais, Senhores, tenho a certeza: a História com agá grande condena-vos... Os lisboetas de hoje condenam-vos, certamente.