Friday, January 29, 2010

Retirado de 'O Carmo e a Trindade'

Carta à Comissão da Assembleia Municipal de Lisboa:


Excelentíssima Senhora
Presidente da Comissão Permanente de Ambiente e Qualidade de Vida
da Assembleia Municipal de Lisboa,



No seguimento da reunião de 21/9/2009, a Plataforma por Monsanto vem pelo presente apresentar a V. Exas. as razões pelas quais rejeita a pretensão da CML em instalar serviços da Protecção Civil e do corpo de Sapadores no edifício e na área circundante ao Restaurante Panorâmico do Alto da Serafina, no Parque Florestal de Monsanto, e uma resenha sobre todo o processo, que passamos a enumerar:


1. A CML e o Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) manifestam desde há pouco mais que 2 anos a vontade de transferir para o edifício e área envolvente do antigo restaurante panorâmico de Monsanto, o comando de sapadores bombeiros sediado no quartel da Avenida Dom Carlos I (centro estratégico de prevenção e socorro, viaturas e demais equipamentos) e o comando da Protecção Civil. Motivo: o maciço rochoso de Monsanto “apresenta as melhores garantias de resistência a fenómenos sísmicos”.

2. No edifício do antigo restaurante panorâmico ficará igualmente a funcionar a nova Sala de Operações e Comunicações Integrada onde irão operar, além do RSB e da Protecção Civil, a Polícia Municipal e a Polícia Florestal.

3. O espaço onde irá funcionar este centro operacional incluirá, além do edifício do antigo Restaurante Panorâmico (projecto dos anos 60 do Arq. Chaves da Costa, com valiosa decoração azulejar de Manuela Madureira – edifício incluído na Carta de Património anexa ao PDM), o terreno envolvente, numa área aproximada de 21.500m2.

4. De acordo com o projecto de arquitectura já elaborado pelos serviços da CML, e que aguarda ainda aprovação em reunião de executivo camarário, o edifício do Restaurante Panorâmico será reabilitado, mas será necessário … construir dois corpos novos de edifícios. O total da área de implantação terá 8.700m2. Durante o dia será utilizado por 200 pessoas e terá 150 lugares de estacionamento para veículos operacionais (parte dos quais virá do actual quartel da Cruz das Oliveiras) e de reserva, para além, naturalmente dos veículos dos próprios funcionários.

5. O edifício que actualmente alberga o comando operacional do RSB, na Avenida Dom Carlos I, manterá, afirmam a CML e o comandante do RSB, o usufruto público, em moldes ainda por definir.

Face ao exposto, e considerando que o Parque Florestal de Monsanto está abrangido pelo Regime Florestal Total, pelo que se trata de uma área non aedificandi, com excepção das infra-estruturas viárias e das instalações necessárias ao seu funcionamento e manutenção, consideramos totalmente inadequada toda e qualquer nova construção de edifícios que acarrete, obviamente, o abate de árvores, a impermeabilização dos solos e, como no caso vertente, um aumento significativo de tráfego rodoviário, tudo isto num Parque que nos últimos 30 anos viu serem-lhe retirados largas centenas de hectares de mata para os projectos mais mirabolantes.

Rebatendo os argumentos da CML e do RSB que têm justificado esta “necessidade”, consideramos ainda o seguinte:

1. Um projecto como o presente tem, a nosso ver, de ser sujeito a uma Avaliação de Impacte Ambiental, que deverá apresentar obrigatoriamente alternativas à localização agora proposta. A parcela de terreno onde agora se pretende intervir encontra-se classificada como Espaço Verde de Protecção, parcela integrante do Sistema Seco, Área com Potencial Valor Arqueológico, com nível de intervenção 2 e afecta ao Regime Florestal onde se integra o Parque de Monsanto, de acordo com os artigos 80º, 18º, 15º do RPDM, e nos termos do artigo 80º do regulamento do PDM, as áreas verdes de protecção serem áreas especialmente sensíveis sob os pontos de vista biofísico ou de enquadramento paisagístico e ambiental de áreas edificadas ou de infra-estruturas, sendo por isso áreas non aedificandi, com excepção das infra-estruturas viárias e das instalações necessárias ao seu funcionamento e manutenção, remetê-la-ia sempre para as disposições das alíneas c), e), e h) do N-º 2 do Anexo V, do Decreto-lei 69/2000, com a redacção que lhe foi conferida pelo Decreto-lei 197/2005. O que nunca a eximirá de um processo de AIA.

2. A alteração de uso do antigo Restaurante Panorâmico de Monsanto para centro operacional e quartel, a ser feita, implicará forçosamente uma revisão do PDM já que o uso primitivo não é esse.

3. Ainda sobre a utilização do edifício, achamos caricato que em tempos tenha sido indeferido pela CML um projecto de hotelaria para aquele local, argumentando-se na altura, e a nosso ver com razão, que tal projecto acarretava um aumento de volumetria no edifício; e sejam agora a própria CML e os seus Espaços Verdes a pugnar por um projecto que implicará um ainda maior aumento de construção, com o consequente abate de largas dezenas de árvores.

4. Sobre a “invulnerabilidade” que se pretende para o novo centro operacional, trata-se, a nosso ver, de um argumento sem sentido, porque sendo Lisboa uma zona de forte intensidade sísmica, o que se deveria concentrar é o controlo de comunicações e de decisão, perto do centro de poder, e não isolado no cimo de um monte. A nosso ver, faria muito mais sentido optar-se por uma solução em que se diluísse toda a estrutura por zonas operacionais. Assim, em caso de catástrofe haveria maiores probabilidades de alguma das subestruturas sobreviver.

5. Por sua vez, o facto de se considerar este espaço como de menor risco sísmico em Lisboa só quer dizer baixar-se de «muitíssimo elevado risco» para «muito elevado risco». Além de que há outras zonas na cidade de grau semelhante de risco, sem ter, como Monsanto tem, logo abaixo uma grande falha geológica (a da Auto-Estrada - Viaduto Duarte Pacheco) e que está activa, como se comprova pelas alterações significativas sentidas na Auto-estrada que levam entre outras coisas à necessidade constante de vigilância do Viaduto Duarte Pacheco. Esta falha entrecorta uma outra de muito grande actividade (a da Ribeira de Alcântara), tão forte que está repartida por falhas menores para o lado de Monsanto (falha de Vila Pouca). Ainda paralela à da auto-estrada, a 10 metros do Restaurante Panorâmico, a tardoz, está outra falha activa que tem uma fractura de 5/6 metros. Lembramos que em caso de calamidade haverá escorregamentos da encosta do Restaurante Panorâmico sobre a Auto-estrada (como já houve,) e o Viaduto Duarte Pacheco partir-se-á. Como irão chegar a Lisboa os bombeiros?

6. Sobre o maciço rochoso de Monsanto há que esclarecer o seguinte: a serra é calcária e o calcário é quebradiço. O pequeno núcleo basáltico não tem dimensão. Trata-se apenas de pequenas “chaminés”, aqui e ali, à base de manto derramado com 1-2metros de espessura. Será isto “estabilidade geológica”?

7. Tratando-se de um ponto tão alto, qual o impacte visual, o impacte paisagístico das novas construções?

8. Por último, a questão do actual quartel da Avenida Dom Carlos I não nos parece despicienda, uma vez que se trata de um edifício histórico e extremamente bem localizado, pelo que compreensivelmente desejável para efeitos de especulação imobiliária e grandes projectos imobiliários.



Juntam-se:

Comunicado de Imprensa da Plataforma por Monsanto de 6 de Abril de 2009.
Proposta do Gabinete dos Vereadores “Cidadãos por Lisboa” de 14 de Janeiro de 2009.
Requerimento do Gabinete dos Vereadores do PCP de 12 de Novembro de 2008.
Moção Nº. 9 da Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em 20 de Janeiro de 2009.
Informação do Regimento de Sapadores Bombeiros de 4 de Março de 2009.
Notícia do Jornal de Notícias de 24 de Março de 2009.
Notícia do Diário de Notícias de 2 de Dezembro de 2008.
Fotografia do local em causa.
Carta de Vulnerabilidade Sísmica dos Solos de Lisboa.




Lisboa, 7 de Janeiro de 2009

Pela Plataforma por Monsanto


Pinto Soares



Antes que tirem isto do Youtube

  1. BEIRAMAR X PORTO 2 - Escutas Pinto da Costa
    6 min - 20 Jan 2010
    www.youtube.com
    BEIRAMAR X PORTO 2Escutas Pinto da Costa ...
    6 min - 21 Jan 2010
    www.youtube.com
  2. Download BEIRAMAR X PORTO 2 - Escutas Pinto da Costa video ...

    Download BEIRAMAR X PORTO 2 - Escutas Pinto da Costa video on savevid.com. Download videos in flv, mp4, avi formats easily on Savevid.com.
    www.savevid.com/.../beiramar-x-porto-2-escutas-pinto-da-costa.html - Estados Unidos -Em cache -
  3. Comments on 'BEIRAMAR X PORTO 2 - Escutas Pinto da Costa' - YoujoTube

    ora, isto é tudo uma grande enrolação pois se o porto tava a roubar como então eles conseguiram ganhar a champions league e mais tarde o mundial? o facto é ...
    www.youjotube.com/comment/G5EMtn0EAYc - Em cache -
  4. YouTube - BEIRAMAR X PORTO 1 Escutas Pinto da Costa - PROCESSO ...

    BEIRAMAR X PORTO 2 Escutas Pinto da Costa - PROCESSO APITO DOURADO - WWW.HACKERXL Added to. Quicklist6:11 · BEIRAMAR X PORTO 2 Escutas Pinto da Costa - P.....
    64.15.120.233/watch?v=X8em7oR2ElI - Em cache -
  5. BEIRAMAR X PORTO 2 - Escutas Pinto da Costa Video

    - [ Traduzir esta página ]
    21 Jan 2010 ... Watch the BEIRAMAR X PORTO 2 - Escutas Pinto da Costa Video from - blip.tv (beta) on mefeedia.com.
    www.mefeedia.com/watch/28021328 - Em cache -
  6. BEIRAMAR X PORTO 1 - Escutas Pinto da Costa

    Gramozi Erseke - Real Madrid - 1:2 - 20.01.2010. From: alex. Category: sport ... BEIRAMAR X PORTO 2 - Escutas Pinto da Costa. From: Obama. Category: sport ...
    www.wudar.com/BEIRAMAR%20X%20PORTO%201%20-%20Escutas%20Pinto%20da%20Costa-278531.html - Em cache -
  7. YouTube - BEIRAMAR X PORTO 1 - Escutas Pinto da Costa « uberVU ...

    YouTube - BEIRAMAR X PORTO 1 - Escutas Pinto da Costa ... aslgomes : Escutas do Apito Dourado (PC) Parte 2: http://bit.ly/5aERzS, http://bit.ly/5Yzbzu, ...
    www.ubervu.com/.../watch%3Fv%3DqgwoQoNmT6U

Thursday, January 21, 2010

SUBESTAÇÃO ELÉCTRICA NO PARQUE DE MONSANTO


osverdes

“OS VERDES” QUEREM ESCLARECIMENTOS SOBRE SUBESTAÇÃO ELÉCTRICA NO PARQUE DE MONSANTO

O Deputado José Luís Ferreira, do Grupo Parlamentar “Os Verdes”, entregou na Assembleia da República uma pergunta em que pede esclarecimentos ao Governo, através do Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território, sobre a nova subestação de energia eléctrica no Parque Florestal de Monsanto, a construir na Freguesia de São Francisco de Xavier.

A construção desta subestação teria de ser sujeita a procedimentos de Avaliação de Impacte Ambiental, obrigando à indicação de alternativas de localização. Contudo, tal situação não se verificou existindo somente um Estudo de incidências ambientais, sem qualquer valor legal. Para “Os Verdes”, o alegado interesse público desta intervenção não se encontra devidamente fundamentado pelo que o PEV questiona o Governo sobre este assunto de modo que preste os devidos esclarecimentos.

PERGUNTA:

Foi publicada na I série do D.R. nº 115, de 17 de Junho de 2009, a Resolução do Conselho de Ministros nº 51/2009 que determina a suspensão parcial do Plano Director Municipal (PDM) de Lisboa, por um prazo de dois anos, visando a construção de uma nova subestação de energia eléctrica da REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A., na freguesia de São Francisco de Xavier, em Lisboa.

Esta subestação já existe parcialmente e insere-se no Parque Florestal de Monsanto, passando a nova subestação a ocupar mais 5.305 m2 desta zona verde, densamente arborizada, essencial ao lazer e à qualidade de vida da população do distrito de Lisboa.

A construção da subestação de 220/60 KV, em conformidade com o art. 1º do Decreto-Lei nº 69/2000 de 3 de Maio e com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 197/2005 de 8 de Novembro, por se enquadrar nas condições do nº 3 do art. 1º, teria de ser sujeita a procedimentos de Avaliação de Impacte Ambiental, obrigando à indicação de alternativas de localização.

Contudo, tal situação não se verificou existindo somente um Estudo de incidências ambientais, sem qualquer enquadramento ou valor legal.

Além disso, a parcela de terreno em questão encontra-se classificada como Espaço Verde de Protecção e afecta ao Regime Florestal Total, onde se integra o Parque Florestal de Monsanto. Também o art. 80º do Regulamento do PDM consagra que as áreas verdes de protecção são áreas especialmente sensíveis sendo, por isso, áreas non aedificandi, exceptuando as infra-estruturas viárias e as instalações necessárias ao seu funcionamento e manutenção.

Considerando que não está devidamente esclarecido se este projecto da REN se trata de uma nova subestação ou de uma ampliação da subestação já existente, uma vez que a Resolução refere uma “nova subestação” mas a legenda da planta anexa a essa deliberação refere uma “ampliação”.

Não obstante o facto de se considerar que as melhorias a nível de abastecimento eléctrico, por regra, constituem um interesse público, “Os Verdes” consideram que não se encontra fundamentado o alegado interesse público e a necessidade imperativa de proceder à construção da subestação naquele local.

O Governo tem-se mostrado indiferente às várias denúncias e protestos por parte de muitos cidadãos indignados e associações ambientais, nomeadamente a Plataforma por Monsanto, ignorando a preservação e protecção do Parque Florestal de Monsanto.

Assim e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito a S. Exª O Presidente da Assembleia da República que remeta ao Governo a seguinte Pergunta, por forma a que o Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território, me possa prestar os seguintes esclarecimentos:

  1. O projecto apresentado pela REN refere-se a uma ampliação da subestação já existente ou à construção de uma nova subestação de energia eléctrica?
  2. Pondera o Governo exigir os estudos necessários indicando alternativas de localização para a instalação desta subestação?
  3. A Autoridade Florestal Nacional deu algum parecer sobre este projecto numa área sujeita ao Regime Florestal Nacional? Em caso afirmativo, qual foi a posição assumida?
  4. Considera o Ministério que se trata de um projecto de interesse público, mesmo representando a destruição de uma parte do Parque Florestal de Monsanto e quando não foram consideradas outras localizações fora do Parque?

Wednesday, January 20, 2010

Protecção Civil em Monsanto?

Carta à Comissão da Assembleia Municipal de Lisboa:


Excelentíssima Senhora
Presidente da Comissão Permanente de Ambiente e Qualidade de Vida
da Assembleia Municipal de Lisboa,



No seguimento da reunião de 21/9/2009, a Plataforma por Monsanto vem pelo presente apresentar a V. Exas. as razões pelas quais rejeita a pretensão da CML em instalar serviços da Protecção Civil e do corpo de Sapadores no edifício e na área circundante ao Restaurante Panorâmico do Alto da Serafina, no Parque Florestal de Monsanto, e uma resenha sobre todo o processo, quek passamos a enumerar:


1. A CML e o Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) manifestam desde há pouco mais que 2 anos a vontade de transferir para o edifício e área envolvente do antigo restaurante panorâmico de Monsanto, o comando de sapadores bombeiros sediado no quartel da Avenida Dom Carlos I (centro estratégico de prevenção e socorro, viaturas e demais equipamentos) e o comando da Protecção Civil. Motivo: o maciço rochoso de Monsanto “apresenta as melhores garantias de resistência a fenómenos sísmicos”.

2. No edifício do antigo restaurante panorâmico ficará igualmente a funcionar a nova Sala de Operações e Comunicações Integrada onde irão operar, além do RSB e da Protecção Civil, a Polícia Municipal e a Polícia Florestal.

3. O espaço onde irá funcionar este centro operacional incluirá, além do edifício do antigo Restaurante Panorâmico (projecto dos anos 60 do Arq. Chaves da Costa, com valiosa decoração azulejar de Manuela Madureira – edifício incluído na Carta de Património anexa ao PDM), o terreno envolvente, numa área aproximada de 21.500m2.

4. De acordo com o projecto de arquitectura já elaborado pelos serviços da CML, e que aguarda ainda aprovação em reunião de executivo camarário, o edifício do Restaurante Panorâmico será reabilitado, mas será necessário … construir dois corpos novos de edifícios. O total da área de implantação terá 8.700m2. Durante o dia será utilizado por 200 pessoas e terá 150 lugares de estacionamento para veículos operacionais (parte dos quais virá do actual quartel da Cruz das Oliveiras) e de reserva, para além, naturalmente dos veículos dos próprios funcionários.

5. O edifício que actualmente alberga o comando operacional do RSB, na Avenida Dom Carlos I, manterá, afirmam a CML e o comandante do RSB, o usufruto público, em moldes ainda por definir.

Face ao exposto, e considerando que o Parque Florestal de Monsanto está abrangido pelo Regime Florestal Total, pelo que se trata de uma área non aedificandi, com excepção das infra-estruturas viárias e das instalações necessárias ao seu funcionamento e manutenção, consideramos totalmente inadequada toda e qualquer nova construção de edifícios que acarrete, obviamente, o abate de árvores, a impermeabilização dos solos e, como no caso vertente, um aumento significativo de tráfego rodoviário, tudo isto num Parque que nos últimos 30 anos viu serem-lhe retirados largas centenas de hectares de mata para os projectos mais mirabolantes.

Rebatendo os argumentos da CML e do RSB que têm justificado esta “necessidade”, consideramos ainda o seguinte:

1. Um projecto como o presente tem, a nosso ver, de ser sujeito a uma Avaliação de Impacte Ambiental, que deverá apresentar obrigatoriamente alternativas à localização agora proposta. A parcela de terreno onde agora se pretende intervir encontra-se classificada como Espaço Verde de Protecção, parcela integrante do Sistema Seco, Área com Potencial Valor Arqueológico, com nível de intervenção 2 e afecta ao Regime Florestal onde se integra o Parque de Monsanto, de acordo com os artigos 80º, 18º, 15º do RPDM, e nos termos do artigo 80º do regulamento do PDM, as áreas verdes de protecção serem áreas especialmente sensíveis sob os pontos de vista biofísico ou de enquadramento paisagístico e ambiental de áreas edificadas ou de infra-estruturas, sendo por isso áreas non aedificandi, com excepção das infra-estruturas viárias e das instalações necessárias ao seu funcionamento e manutenção, remetê-la-ia sempre para as disposições das alíneas c), e), e h) do N-º 2 do Anexo V, do Decreto-lei 69/2000, com a redacção que lhe foi conferida pelo Decreto-lei 197/2005. O que nunca a eximirá de um processo de AIA.

2. A alteração de uso do antigo Restaurante Panorâmico de Monsanto para centro operacional e quartel, a ser feita, implicará forçosamente uma revisão do PDM já que o uso primitivo não é esse.

3. Ainda sobre a utilização do edifício, achamos caricato que em tempos tenha sido indeferido pela CML um projecto de hotelaria para aquele local, argumentando-se na altura, e a nosso ver com razão, que tal projecto acarretava um aumento de volumetria no edifício; e sejam agora a própria CML e os seus Espaços Verdes a pugnar por um projecto que implicará um ainda maior aumento de construção, com o consequente abate de largas dezenas de árvores.

4. Sobre a “invulnerabilidade” que se pretende para o novo centro operacional, trata-se, a nosso ver, de um argumento sem sentido, porque sendo Lisboa uma zona de forte intensidade sísmica, o que se deveria concentrar é o controlo de comunicações e de decisão, perto do centro de poder, e não isolado no cimo de um monte. A nosso ver, faria muito mais sentido optar-se por uma solução em que se diluísse toda a estrutura por zonas operacionais. Assim, em caso de catástrofe haveria maiores probabilidades de alguma das subestruturas sobreviver.

5. Por sua vez, o facto de se considerar este espaço como de menor risco sísmico em Lisboa só quer dizer baixar-se de «muitíssimo elevado risco» para «muito elevado risco». Além de que há outras zonas na cidade de grau semelhante de risco, sem ter, como Monsanto tem, logo abaixo uma grande falha geológica (a da Auto-Estrada - Viaduto Duarte Pacheco) e que está activa, como se comprova pelas alterações significativas sentidas na Auto-estrada que levam entre outras coisas à necessidade constante de vigilância do Viaduto Duarte Pacheco. Esta falha entrecorta uma outra de muito grande actividade (a da Ribeira de Alcântara), tão forte que está repartida por falhas menores para o lado de Monsanto (falha de Vila Pouca). Ainda paralela à da auto-estrada, a 10 metros do Restaurante Panorâmico, a tardoz, está outra falha activa que tem uma fractura de 5/6 metros. Lembramos que em caso de calamidade haverá escorregamentos da encosta do Restaurante Panorâmico sobre a Auto-estrada (como já houve,) e o Viaduto Duarte Pacheco partir-se-á. Como irão chegar a Lisboa os bombeiros?

6. Sobre o maciço rochoso de Monsanto há que esclarecer o seguinte: a serra é calcária e o calcário é quebradiço. O pequeno núcleo basáltico não tem dimensão. Trata-se apenas de pequenas “chaminés”, aqui e ali, à base de manto derramado com 1-2metros de espessura. Será isto “estabilidade geológica”?

7. Tratando-se de um ponto tão alto, qual o impacte visual, o impacte paisagístico das novas construções?

8. Por último, a questão do actual quartel da Avenida Dom Carlos I não nos parece despicienda, uma vez que se trata de um edifício histórico e extremamente bem localizado, pelo que compreensivelmente desejável para efeitos de especulação imobiliária e grandes projectos imobiliários.



Juntam-se:

Comunicado de Imprensa da Plataforma por Monsanto de 6 de Abril de 2009.
Proposta do Gabinete dos Vereadores “Cidadãos por Lisboa” de 14 de Janeiro de 2009.
Requerimento do Gabinete dos Vereadores do PCP de 12 de Novembro de 2008.
Moção Nº. 9 da Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em 20 de Janeiro de 2009.
Informação do Regimento de Sapadores Bombeiros de 4 de Março de 2009.
Notícia do Jornal de Notícias de 24 de Março de 2009.
Notícia do Diário de Notícias de 2 de Dezembro de 2008.
Fotografia do local em causa.
Carta de Vulnerabilidade Sísmica dos Solos de Lisboa.




Lisboa, 7 de Janeiro de 2009

Pela Plataforma por Monsanto
Pinto Soares

Retirado do 'O Carmo e a Trindade'

Sunday, January 17, 2010

Que enunciado do currículo de Santana!

.
As últimas iniciativas do ex-líder do PSD não correram bem. Nem para ele nem para o PSD. Desde ter aceitado formar um Governo sob a supervisão de Jorge Sampaio (que foi uma espécie de livre-trânsito para a maioria absoluta de José Sócrates) até à campanha falhada à Câmara de Lisboa, passando pela derrota eleitoral nas legislativas de 2005 e do insucesso que foi a sua tentativa de voltar à liderança do PSD, Santana Lopes parece porém ainda não se ter apercebido de que o seu capital de credibilidade está bastante enfraquecido. É que todos estes falhanços, nomeadamente os últimos, têm uma coisa em comum: tanto os eleitores como os militantes sociais-democratas recusaram voltar a vê-lo em cargos que já foram dele. Ou seja, experimentaram e não gostaram. Santana Lopes, quer se queira quer não, representa um passado que ninguém quer voltar a viver.

Li aqui.
.

Thursday, January 07, 2010

Em luta

DIRIGENTES ASSOCIATIVOS VOLUNTÁRIOS E BENÉVOLOS

EM GREVE DE FOME JUNTO À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

APELO À SOLIDARIEDADE ASSOCIATIVA

Caros colegas

Dirigentes, Activistas e Associados

das Colectividades e Associações

No passado dia 5 de Janeiro de 2010, pelas 18,00 horas, estes nossos colegas iniciaram uma GREVE DE FOME junto da Assembleia da República para exigirem a definição da Lei 34/2003 de 22 de Agosto, bem como um largo conjunto de outras reivindicações que há vários anos vimos reclamando e que são o desejo e a necessidade de todos nós.

Os nossos colegas estão determinados em levar esta luta até às últimas consequências pelo que precisam de todo o nosso apoio activo. Nesse sentido apelamos a que manifestem a vossa solidariedade activa, através de participação na vigília durante o dia das 8 às 24 horas, transportem os vossos estandartes e bandeiras, mobilizem atletas, músicos, actores, dançarinos, bem como outros activistas, utentes e associados e enviem fax, e-mail ou cartas ao Governo, à Assembleia da República e ao Presidente da República, exigindo uma resposta rápida. No local, existe um livro para registar as presenças e recolher opiniões.

A luta dos nossos colegas não pode ser em vão. Temos todos que lutar pelos nossos direitos e exigir dos poderes políticos instituídos que passem a olhar para nós de forma diferente. Os serviços e dirigentes da Confederação estão disponíveis para qualquer informação complementar.

Vamos todos participar nesta jornada histórica do nosso Associativismo Popular!

Viva o Associativismo Popular!

Lisboa, 7 de Janeiro de 2010

A Direcção da Confederação das Colectividades

Wednesday, January 06, 2010

Greve de fome pelo cumprimento da lei!!!!!!

.
Nota às Estruturas e Dirigentes Associativos e Voluntários de Portugal

Assunto: Dirigentes Associativos Voluntários e Benévolos em GREVE DE FOME

Exº/ª Senhor/ª

A Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura; Recreio e Desporto, foi surpreendida pela iniciativa de dois dos seus dirigentes - José Carneiro - Presidente do Conselho Fiscal e Fernando Vaz - Membro do Conselho Nacional que, às 18,00 do dia 5 de Janeiro de 2010, iniciaram uma GREVE DE FOME frente à Assembleia da República ( ao cimo da Avenida D. Carlos I)

Estes dois colegas, dirigentes de longa data, exigem do Governo a definição e aplicação da Lei 34/2003 de 22 de Agosto; a resposta à proposta de apoio ao Movimento Associativo 2009/2012; a participação da Confederação no CES - Conselho Económico e Social, no CND - Conselho Nacional do Desporto, no CNPV - Conselho Nacional de Promoção do Voluntariado e exigem da Assembleia da República o agendamento e a discussão das propostas de lei apresentadas pela Confederação às quais, alguns partidos ainda não se dignaram, tão pouco, acusar recepção.

Esta situação que não poderá manter-se por tempo indefinido, carece de resposta e medidas imediatas por parte das entidades competentes, pelo que a Confederação apela que no mais curto espaço de tempo seja recebida e sejam dadas as garantias que o Movimento Associativo Popular, composto por mais de 17.000 Colectividades, 260.000 Dirigentes Voluntários e Benévolos e cerca de três milhões de associados, sejam ouvidas e tidas em conta as suas opiniões e reivindicações.

No sentido de dar a conhecer o andamento desta iniciativa e das respostas das entidades competentes já contactadas, a Confederação promove uma Conferência de Imprensa para o local pelas 17,00 horas de hoje.Esperamos que a Comunicação Social não deixe de desempenhar o seu papel de informar.

A Confederação solidariza-se com os seus colegas Dirigentes, responsabiliza as entidades que não correspondam a este apelo desesperado, mas justo e consciente dos nossos colegas e apela a todos os associativistas, a todos os voluntários e estruturas locais, regionais e nacionais que se solidarizem com os nossos colegas, apoiando-os no local e enviando apelos aos Órgãos de Poder político, nomeadamente ao Governo, à Assembleia da República e ao Presidente da República.

Lisboa, 6 de Janeiro de 2010

A Direcção

da Confederação das Colectividades

Monday, January 04, 2010

Histórias de antanho

.
As histórias da minha aldeia de tempos idos deixam-me encantado. Não me canso de as escrever e de passar horas à tarde ou ao serão a ouvir cada pormenor. E puxo pela minha fonte para saber todos os meandros de cada história. Um prazer.
Hoje, dei-me ao trabalho de repescar uma série delas.
A cada um destes links corresponde uma história de antigamente.
Divirta-se, com serenidade:

http://lisboalisboa.blogspot.com/2006/09/blog-post_115827116676672054.html

http://lisboalisboa.blogspot.com/2006/09/blog-post_115809581074057849.html

http://lisboalisboa.blogspot.com/2006/09/guas-radium-havia-nas-proximidades-da.html

http://lisboalisboa.blogspot.com/2006/08/aldeia-anos-50-cheiros-bons-e-cheiros.html

http://lisboalisboa.blogspot.com/2006/08/nos-idos-de-50-como-que-as-nossas-mes.html

http://lisboalisboa.blogspot.com/2006/08/linguagens-da-aldeia-o-valor-das_27.html

http://lisboalisboa.blogspot.com/2006/08/fim-do-sculo-xix-na-aldeia-uma.html

http://lisboalisboa.blogspot.com/2006/08/aldeia-nos-anos-50-os-jogo_115654046061738136.html

http://lisboalisboa.blogspot.com/2006/08/o-morgado-de-santo-amaro.html

http://lisboalisboa.blogspot.com/2006/08/contrabando.html

http://lisboalisboa.blogspot.com/2006/08/coisas-de-antanho.html

http://lisboalisboa.blogspot.com/2006/08/mercadoria.html

http://lisboalisboa.blogspot.com/2006/08/pelo-carnaval-era-assim.html

http://lisboalisboa.blogspot.com/2006/08/estrias-de-outro-mundo.html

http://lisboalisboa.blogspot.com/2006/08/cones-v.html

http://lisboalisboa.blogspot.com/2006/08/cones-iv.html

http://lisboalisboa.blogspot.com/2006/08/cones-iii.html

http://lisboalisboa.blogspot.com/2006/08/uma-nota-intercalar.html

http://lisboalisboa.blogspot.com/2006/08/explicao-que-no-dos-pssaros.html

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