JN:
Dívidas aumentaram com Santana Lopes
2009-01-09
O Tribunal de Contas detectou na auditoria às contas da gestão de Santana Lopes à frente da Câmara de Lisboa, nos anos de 2002 e 2003, aumentos significativos das dívidas a terceiros a curto prazo e do valor do passivo.
Em apenas dois anos da presidência de Pedro Santana Lopes (PSD), o passivo do município registou um acréscimo de 351,8 milhões de euros, relativamente ao último ano da gestão de João Soares (PS), também ela auditada pelo Tribunal de Contas (TC). De 561,8 milhões de euros, em 2001, a fasquia estava já fixada no final de 2003 em 913,6 milhões. Quanto às dívidas a terceiros, registou-se a mesma orientação: Soares deixa 62,5 milhões de dívidas na Câmara, essencialmente a fornecedores, e em dois anos esta disparou para os 109.
Estas são as primeiras conclusões, entre várias, resultantes das auditorias do TC às gerências naquele período, que constam nos três relatórios a que o JN teve acesso, e que levaram aquele organismo a chumbar as contas da Câmara, remetendo os resultados para o Ministério Público. O procurador do TC começa também por salientar a capacidade de endividamento da Câmara: em 2002, após as restrições do Governo ao endividamento das autarquias, a Câmara tinha passado de 65% da sua capacidade para 92%. No fim de 2003, Santana tinha o município endividado em 182% da sua capacidade.
"Os Resultados Correntes apresentam-se positivos em 2001 e 2002, atingindo um valor negativo de 41 milhões em 2003", refere o TC, salientando que houve um aumento de 125%". Para com Soares o relatório da auditoria é menos acutilante, mas reforçando o facto do " valor das dívidas ser bastante elevado".
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